A lei do feminicídio foi instalada por Dilma Rousseff em 2015, onde denominava que mulheres que eram mortas por companheiros. Mas alguns anos que antecedem este acontecimento, uma mulher em Natal foi morta pelo seu marido e sogros. O crime chocou todo o Rio Grande do Norte e transformou em um episódio no documentário “Até Que a Morte Nos Separe”, exibido no canal A&E. O crime foi utilizado como cenário a Base Aérea de Natal. Tudo começou quando os adolescentes Andreia Rosângela Rodrigues e Andrei Thies se conheceram em um veraneio no Rio Grande do Sul, o namorico nunca foi aprovado pelos pais do garoto, pelo fato da jovem ter origem pobre. O relacionamento acabou e ambos tomaram seus próprios caminhos.
Andrei entrou para Força Aérea Brasileira (FAB), tornando-se sargento, e Andreia casou e teve a primeira filha. Quase 10 anos depois, eles se encontraram novamente e começaram um relacionamento. Casaram e se mudaram para Natal. O que era para ser o casamento perfeito rapidamente se tornou um pesadelo, uma vez que as brigas eram constantes e para piorar, a Andreia ainda continuara não se dando bem com os pais do seu marido, Mariana e Amilton Thies, principalmente a sogra.
A situação piorou quando Andreia ficou grávida e teve uma filha com Andrei Thies.
Cansada de muitas brigas, a moça queria voltar para o Rio Grande do Sul com as filhas. Porém, ela foi assassinada no dia 22 de agosto de 2007, após dizer ao marido que iria sair de casa com a filha de um ano. Em diversos depoimentos, testemunhas relataram os desentendimentos dela com a sogra e o sogro e, inclusive, brigas e agressões. Depois disso, o acusado teria colocado o corpo dela na geladeira e, na sequência, enterrado no quintal da casa dos pais, em Ponta Negra. Seu corpo foi encontrado na casa de Ponta Negra, em outubro de 2007, após quase dois meses de busca. Antes, Andreia havia sido enterrada na Base Aérea por três dias.
O caso chamou bastante atenção da imprensa, principalmente no período que os portais de notícias estavam surgindo. Neste momento, alguns jornalistas ficaram conhecidos por ajudar na investigação e desenrolar mais rápido crime, que inicialmente era tratado apenas como um desaparecimento.
Os três assassinos foram julgados em 2012. O sargento foi condenado a 16 anos pelo homicídio e mais 2 anos pela ocultação do cadáver. Mariana Thies foi condenada a 16 anos e seis meses por homicídio e mais 2 anos e seis meses por ocultação de cadáver, totalizando 19 anos de condenação. Já o marido dela, Amilton Thies, foi condenado a 16 anos e 6 meses por homicídio e mais 2 anos e 6 meses por ocultação de cadáver, também totalizando 19 anos.
O documentário completo pode ser visto a seguir:
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