Serguei é o nome de Sérgio Augusto Bustamante, de 85 anos. O nome artístico veio na infância quando um amigo russo que lhe chamava de “Sergei”, porque tinha dificuldade em pronunciar seu nome corretamente, por isso o apelido ficou. Aos 12 anos, foi morar com Lia Anderson, sua avó materna, em Long Island, Nova Iorque, onde participou de festivais estudantis. De volta ao Brasil, em 1955, trabalhou como bancário e comissário de bordo até começar a sua carreira musical.
No Brasil, ele ficou conhecido por ter tido um flete com Janis Joplin e chegou a assistir o Festival de Woodstock. Em 1972, de volta ao Brasil, foi morar na cidade de Saquarema, no Estado do Rio de Janeiro, onde vive até hoje. O cantor entra em contradição cronológicas em suas entrevistas, não há como confirmar a própria cantora já que ela faleceu em 1970. Contudo, no documentário de 2015 “Little Girl Blue”, onde exibem cartas da cantora narrada pela cantora Cat Power, ela menciona um par de vezes um carioca, que parece muito com a descrição dos encontros do Serguei com a Janis.
Em 2011, o Multishow produziu o programa “Serguei Rock Show”, que contou com 10 episódios, e a participação de roqueiros como Rogério Skylab e Zéu Brito.
Considerado o roqueiro mais antigo do Brasil, Serguei faz shows até hoje ao lado de sua atual banda, a Pandemonium, que o acompanha desde 2008. É considerado cantor oficial do grupo Hells Angels (motoclube internacional). Em abril de 2013, sentindo fortes dores pelo corpo, Serguei foi internado no hospital Nossa Senhora Nazareth, no Rio de Janeiro. Voltou para casa após alguns dias, mas duas semanas depois retornou, passando mais dois dias internado. Ao ser liberado novamente, declarou estar tomando remédios e querer voltar a fazer shows, pois já se sentia bem.
Porém, eu achei no You Tube um vídeo do cantor fazendo uma entrevista para a TV Ponta Negra, afiliada do SBT, quando ele foi convidado a realizar um show em Natal no Sancho Pub, boate que ficava em Ponta Negra, próximo ao Taverna Pub. Esta foi a única vez que ele veio na capital potiguar.
“Sou um hippie de estrada, bicho solto, mas responsável. Sem drogas, claro”, afirmou durante a entrevista. Claro que tocaram no assunto da Janis Joplin, com quem o roqueiro teve um caso durante a passagem da cantora no carnaval do Rio de Janeiro, na década de 60, meses antes da morte da intérprete de “Piece of My Heart” e “Ball In Chain”. “Ela era uma pessoa bem difícil de lidar mesmo”, revelou.
A sua casa em Saquarema fica o Museu do Rock, constituído com peças de roupas, discos, prêmios, livros, cartazes, filmes em VHS e outros materiais sobre a vida do cantor. Sua residência é um ponto turístico da cidade.
Confira a entrevista completa a seguir:
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