As mulheres Glícia Brandão e Vanessa Macambira estão fazendo uma camapanha, através das redes sociais, para arrecadar dinheiro em prol da cirurgia no braço quebrado de Vanessa, após as duas terem sido vítimas de agressão por LGBTfobia por vizinhos, que ainda xingaram o filho das duas de nove anos pelo fato dele ter duas mães. O motivo da “vaquinha” é que o procedimento cirúrgico feito através do Sistema Único de Saúde (SUS) demoraria e ainda estão com os custos acima do orçamento por conta de medicamentos e visitas aos médicos, Vanessa é psicóloga do Município e Estado, onde ambos estão com os salários atrasados.
Confira a postagem completa a seguir, com todos os dados bancários:
As mulheres foram agredidas no dia 27 de dezembro em seu condomínio por um vizinho de 17 anos, no bairro do Planalto, zona Oeste de Natal. De acordo com Glícia Brandão, uma das vítimas, o filho de nove anos estava brincando com outras crianças quando foi chamado de “viado” pelo fato de estar brincando apenas com meninas.
“Era recorrente. Geralmente, quando ele sofria esses xingamentos, a gente mandava ele subir para o nosso apartamento com o objetivo de não ter confusão. Mas a gente dessa vez foi tirar satisfação pelo fato de ter batido no meu filho. A minha esposa desceu para tirar satisfação com o adolescente e o mesmo chamou a minha esposa para brigar e a xingar verbalmente. Então, eu fui descer e neste período a minha esposa subiu para deixar o Felipe dentro do apartamento e fomos atrás dos pais do menor”, disse Brandão, no qual está casada há nove anos e há três adotaram o jovem.
Ao procurar os pais do adolescente, a briga começou a se intensificar, quando a Glícia desceu e foi em direção ao adolescente perguntando pelos pais, o mesmo começou a xingar o casal de “quenga” e “sapatão”. “Foi neste momento começou me agredir, por coincidência minha esposa voltou e tentou apartar a briga. Ao mesmo tempo, o pai do garoto chegou e a empurrou. Foi aí que o jovem aproveitou para chutar e quebrando o braço dela”.
Já a Glícia, por sua vez, teve o rosto todo machucado ao tentar proteger a companheira. “Agora estamos procurando um advogado para colocar este caso na Justiça, porque não queremos virar mais uma estatística de caso de homofobia, pois não estamos seguras nem dentro da nossa casa”, lamentou a Glícia Brandão. As fotos da agressão estão acima e foram divulgadas na internet. Na imagem à direita está a agressão feita na Glícia e a esquerda o raio-x do braço da esposa que fraturou e vai passar por uma cirurgia para correção.
A síndica do condomínio, por sua vez, não quis tomar partido do ocorrido e muito menos passar os nomes dos condônimos agressores para emitir um boletim de ocorrência.
Elas conseguiram fazer o primeiro boletim de ocorrência no dia 29, na Delegacia de Plantão. Além de prestar queixa, as mulheres passaram por exames de corpo de delino no Instituto Técnico- Científico de Perícia (Itep). Nesta terça-feira (8), o casal foi à Delegacia Especial da Criança e do Adolescente (DEA) e à Delegacia do Bairro, onde denunciou o adolescente e seu pai.
Em seu Instagram, Glícia, no dia 05 de janeiro, postou uma foto de Vanessa, com o braço enfaixado, e o filho abraçados (imagem acima do título da matéria) e na legenda declarou todo o seu amor pelos dois.
Recentemente, uma Medida Provisória de nº 870/19 foi assinada pelo presidente da república Jair Bolsonaro (SPL), no qual a população LGBT da lista de políticas e diretrizes destinadas à promoção dos Direitos Humanos. A MP explicita as mudanças na estrutura dos ministérios, incluindo o novo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela pastora Damares Alves.
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