Quando pensamos em mulher e cerveja, a gente pensa, infelizmente, naqueles comerciais com uma gostosona de pouca roupa oferecendo o produto. Mas, ainda bem que o mundo mudou um pouco. Atualmente, as cervejas artesanais está crescendo no mercado e claro que as mulheres também está acompanhando este mercado, além de querer a sua participação. Cansadas destes estereótipos machistas, muitas meninas que gostam de cervejas se reuniram e criaram a primeira confraria no Rio Grande do Norte chamada “The Queens Beers”, que se reuniram para discutir cerveja boa e saber quais são as marcas existentes além daquelas oferecidas nos comerciais. Hoje, já consegue reunir 16 garotas e em breve estão lançando a primeira marca de cerveja.
Suane Viana (foto acima do título), por exemplo, é responsável pelo marketing do power girl e justamente por querer uma cerveja mais forte começou a se interessar melhor pela bebida. “Então, eu comecei a estudar tanto a leitura dos rótulos dos produtos como também a degustar o sabor da cerveja. Ainda continuo a fazer (risos). Neste período conheci as meninas do The Queens e entrei no grupo. A Camila Coelho, uma das fundadoras do grupo, por exemplo, fabrica e ensina as outras meninas a criar o próprio produto”, disse em entrevista ao Brechando.
Através das redes sociais, as meninas registram as cervejas potiguares e de outros lugares que experimentaram, os eventos dedicados ao assunto e também expande seu conhecimento sobre a gela. De acordo com Suane, o mundo da cerveja especial era limitado para mulher, muitos estereotipavam que as mulheres participantes dos eventos sobre o assunto estavam apenas acompanhar os seus maridos, “como se mulheres não pudessem gostar tanto quanto homens, ou até mais”, e muitas vezes a mulherada não era bem acolhida.
“O nosso principal objetivo é fomentar a cultura cervejeira no universo feminino e que elas se sintam acolhidas. Dentre as atividades propostas pelo grupo, nós sempre procuramos ir aos lugares que tenham cerveja artesanal e discutir o assunto a partir de reuniões formais, para discutir coisas relacionadas à confraria e acontecem uma vez por mês, e informais, no qual batemos papo, fazemos um jantar harmonizado ou estudo de rótulo.”.
Por isso, todas as reuniões são registradas e publicadas nas redes sociais, no qual agora estão dedicando apenas ao Instagram, após a fanpage da confraria ter sido hackeada sem algum motivo aparente.
Elas não querem parar apenas para discutir uma cerveja e elas querem a sua própria marca, no qual já está sendo fabricada. “O nome será Velvet Queen, uma India Pale Ale com adição de hibisco. Será bem fortinha, mas terá um leve amargor do hibisco. Eu e a Camila já colocamos no barril, conseguimos colocar 50 litros sozinhas, sem ajuda de ninguém (risos). Agora ela está carbonatando, onde o gás é inserido no líquido”, comemora a orgulhosa Suane, que também é conhecida como crossbier, um apelido para apreciadora de breja e que faz croosfit.
Suane alega que todas as meninas estão ajudando a produzir a cerveja e que há distribuição igual das atividades. “Todas nós nos ajudamos”, afirmou. “Eu ainda socializo com amigos para beber cerveja, mas sentir o aroma, a explosão de sabores é muito melhor. E ainda saber que foi tudo milimetricamente estudado pra te dar a melhor experiência possível”.
E as cervejas potiguares? São boas? A Suane prontamente respondeu que eram “Excelentes”. “É muito legal ver a cultura cervejeira se difundido no estado e algumas já estão circulando no mercado”, contou.
Atualmente existe a Potiguara, Raffe, Trek Beer, Hopmundi, Holanda, Braz e Hebron Beer, Clandestina e Bacurim e Petrus, estas últimas são de Mossoró.
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