A imagem mostra muito bem a intenção da campanha de duas garotas: mostrar que existe autoestima e beleza em um momento que é bastante complicado para as pessoas, principalmente às mulheres, onde a vaidade entra em xeque, visto que os cabelos caem e o corpo passará por mudanças drásticas. Sabendo disso, foi criado o “Mulheres Retratadas” foi aprovado na Lei Câmara Cascudo e vai realizar 10 sessões fotográficas. A primeira sessão aconteceu nesta quarta-feira, no Dia Internacional da Mulher. Ao todo serão 10 mulheres fotografadas nas lentes de Mylena Sousa.
A primeira modelo se chama Amanda Albuquerque e a sua história será contada aqui:
Eu me chamo Amanda Albuquerque tenho 26 anos mãe de dois filhos e aos 25 anos fui diagnosticada com câncer de mama.
Mas a minha vida começa muito além disso. Sou de família de classe média, minha mãe tem cinco irmãos e da família sempre fomos os mais humildes. Minha mãe sempre precisou batalhar para que tivéssemos o melhor. O tempo passou, comecei a trabalhar muito cedo aos 15 anos, eu gostava, me fazia bem. Aos 19 anos eu me casei e dessa relação tive dois filhos lindos que tanto amo.
Sempre lutei pelos meus ideais, tenho personalidade forte entretanto lapidada por Deus depois do câncer. Falando em câncer, descobri ano passado aos 25 anos. Um belo dia tomando banho Deus me manda tocar em minha mama e fazer o auto exame, senti ali uma bolinha que imediatamente procurei investigar, foi quando descobri que estava com essa enfermidade mesmo sendo tão jovem. Do dia 25 de abril de 2016 pra cá venho trilhando uma batalha gigantesca contra o câncer. Momentos de dor, sofrimento, angústia, o medo por várias vezes passaram por mim. Já fiz 6 cirurgias em menos de um ano, passei pela químio e hoje dia 06/03/17 é o meu último dia de radioterapia. Feliz estou por estar concluindo um novo ciclo.
No meio do caminho perdi minha prima Irma, uma dor Infinita muito maior que qualquer câncer.
Mas…
Vou seguindo firme com Fé nesse Deus poderoso que vem me sustentando e me ensinando que a valor da vida vem do fundo do poço. É fundo do poço, eu já passei por lá.
Sempre agradecida por tudo e por esta missão que ele me deu.
Sou feliz pq tenho Deus
Ele que me sustenta.Amanda Albuquerque
A foto da equipe depois da sessão pode ser conferida a seguir:
Segundo dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), 20 milhões de pessoas no mundo têm câncer. No Brasil, são registrados em média 600.000 novos casos por ano. De acordo com o Relatório Anual da Liga Norte- Riograndense Contra o Câncer, foram diagnosticados 4.641 novos casos de câncer no estado, em 2015. E mais da metade desse número acometeu mulheres de diversas idades.
A ação desenvolvida por Camilla Kaciane e Nizia Klosouski, alunas do curso de Produção Cultural do IFRN, que querem chamar a atenção de futuros patrocinadores, já que o projeto está apto à captação de recursos por meio da Lei Câmara Cascudo.
Sendo garantidos estes recursos, os registros irão compor uma exposição com 20 fotos, que visa contribuir, por meio da arte, para a melhoria da autoimagem, empoderamento e representação das mulheres com câncer.
“São mulheres que trazem no corpo e na vida as marcas deixadas pelo câncer, mas que, nem por isso, tenham deixado a doença marcar negativamente a sua história”, comentam as idealizadoras do projeto.
O projeto cultural divide-se em quatro momentos: inicialmente, será realizado o “embelezamento” (cabelo, unha e maquiagem), a pintura corporal e a sessão de fotos com mulheres em tratamento de câncer ou que já tiveram a doença; posteriormente, uma oficina literária com todas as participantes para a escolha das legendas das fotografias que serão expostas; ao longo de todo o processo será realizado um registro audiovisual do making off que terá como resultado um vídeo promocional; e por fim, uma exposição fotográfica itinerante em sete locais, incluindo galerias, espaços culturais e shoppings centers, abrangendo as quatro zonas da cidade, com duração de aproximadamente quatro meses.
Para saber aonde ficarão as fotografias. Confira neste link.
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