No mês de março foi lançado um serviço de streaming chamado Oldflix. Pelo o nome, vocês já devem ter noção que estes exibem filmes antigos difíceis de se encontrar para baixar ou ver em festivais de cinema. Mas, você sabia que esta ideia veio de um potiguar? Não? Eu também não até ler esta entrevista no Estado de S. Paulo. O idealizador se chama Manoel Ramalho, que é o diretor de um dos canais de televisão daqui de Natal. Ramalho também contou com a ajuda de desenvolvedores para que a sua ideia fosse para frente.
No final de março de 2016, o empresário resolveu criar seu próprio serviço de filmes de streaming, voltados apenas para obras com mais de 25 anos de existência, como Ladrões de Bicicleta, Lolita e A Felicidade Não se Compra, além das séries clássicas, como A Caverna do Dragão e A Feiticeira. O serviço atraiu “milhares” de assinantes e teve até que interromper o funcionamento para dar conta de tantos usuários. O foco do Oldflix está nos títulos lançados até, no máximo, os anos 1990.
Uma das principais apostas do Oldflix é ser o melhor serviço para cinéfilos. Filmes raros de encontrar, como “O Eclipse” (1962), de Michelangelo Antonioni, e “Ladrões de Bicicleta” (1948), de Vittorio de Sicca, nenhum deles disponível no Netflix e muito menos no Popcorn Time, fazem parte de um acervo de cerca de 800 títulos.
Nesta mesma entrevista ao jornal, ele disse que a ideia de criar esta plataforma veio há quatro anos, quando percebeu que uma parte do público queria consumir estes tipos de filmes, mas haviam dificuldades para comprar ou baixar. Inicialmente, a ideia era fazer um canal de televisão sobre o assunto, mas desenvolveu a partir da internet, principalmente com o sucesso do Netflix, provedor global de filmes e séries de televisão via streaming, atualmente com mais de 80 milhões de assinantes.
A ideia de pegar a licença dos filmes não foi difícil, uma vez que ele é dono de um canal de televisão e já chegou a exibir alguns deles na emissora.
O sucesso da empresa foi tão grande que chegou a registrar mais de 30 novos cadastros por minuto. Por isso, eles rapidamente tiveram que arrumar a plataforma e ter um sistema ainda melhor para que evitasse um possível problema pela frente por conta da grande quantidade de usuários.
Para assiná-lo, o usuário gasta apenas R$ 9,90 por mês e comece assistindo cinco títulos de forma gratuita. A parte ruim é que ele ainda não está disponível outros dispositivos móveis.
A forma de uso é muito similar ao adotado por outros serviços de streaming. Basta criar uma conta para ter acesso ao catálogo online no navegador, organizado por gêneros e data de lançamento. É possível também fazer buscas por palavras-chave, como títulos, artistas e gêneros. A interface em si se parece um pouco com a do Netflix, com fileiras compostas de um carrossel de cartazes com todos as opções disponíveis.
Uma boa notícia é que o reprodutor também tem compatibilidade com Chromecast para transmitir o conteúdo para a TV via Wi-Fi.
O valor da mensalidade acaba sendo dividido. Uma parte vai para a empresa que cobra pelo direito autoral do filme, outra para pagar as despesas do Oldflix e uma outra parte fica com os funcionários. Essa terceira parte, então, recebe uma outra divisão aqui dentro da empresa: uma parte destina-se para auxílio a organizações não-governamentais (ONGs) e a outra vai para reinvestir na plataforma.
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