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O nome certo seria Assú ou Açu?

Desde pequena sempre fico confusa se a forma certa de escrever da cidade da região Oeste do estado é Assú, Assu ou Açu? Já vi muita gente escrevendo nestas três formas. Mas, qual o nome seria o correto? Existe? Nós vamos explicar melhor sobre o jeito certo de escrever  a seguir. A origem da palavra…

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Desde pequena sempre fico confusa se a forma certa de escrever da cidade da região Oeste do estado é Assú, Assu ou Açu? Já vi muita gente escrevendo nestas três formas. Mas, qual o nome seria o correto? Existe? Nós vamos explicar melhor sobre o jeito certo de escrever  a seguir.

A origem da palavra é Açu com cedilha mesmo, originária da palavra em tupi, no qual significa: Aldeia Grande. Ao longo do tempo, a palavra recebeu uma adaptação da língua portuguesa que substituiu o “Ç” por “SS”. Entretanto, toda palavra derivada do tupi-guarani grafa-se sempre com “ç”, como: Turiaçu, Pirajuçara, Embu-Guaçu, Paraguaçu etc.

Por que não falei tupi-guarani? Tupi-Guarani é uma família de línguas, que originou dois idiomas: o tupi e guarani, que ainda é falado em alguns países, como o Paraguai.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se refere ao município como Açu. Mas, o site da Prefeitura da cidade escreve da outra forma. Portanto, não existe uma ortografia certa da palavra, o que houve foi um aportuguesamento das expressões indígenas.

Entretanto, alguns questionam o certo, pois as atuais regras de ortografia da língua portuguesa mostra que a grafia correta é Açu, pois prescreve-se o uso da letra “ç” para palavras de origem tupi, bem como não se acentuam oxítonas terminadas em u

História de Assú

té meados do século XVIII, a terra rica em lavoura e pecuária do vale do rio Açu era habitada pelos janduís, nome do chefe indígena que se estendeu à tribo. Nessa época, os portugueses já haviam começado a explorar os potenciais da região, gerando amplo conflito de interesses com os índios. O homem branco partia para a criação bovina, enquanto os janduís consideravam legítima a caça ao gado. Devido à intensidade das lutas entre brancos e índios, um grande conflito, conhecido como a Guerra dos Bárbaros, marcou a década compreendida entre 1687 a 1697.

Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então governador da Capitania do Rio Grande, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do rio Açu (ou Piranhas) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como São João Batista da Ribeira do Céu.

O município foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa, em homenagem à princesa Dona Carlota Joaquina de Bourbon, que se casou com D. João VI em abril de 1785. A Lei Provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu.

Comentários

2 respostas para “O nome certo seria Assú ou Açu?”

  1. Militão de Asevedo

    A grafia de Assu é Mossoró com dois esses, pelo que já pesquisei, foi considerada mais propícia no caso de traduções para línguas estrangeiras que não têm o “ç” em seus alfabetos, em especial o Inglês. Quanto ao nome “Assú”, equivocadamente com acento, creio que foi por motivo do Registro, por ocasião da mudança de nome: Açu / Assú.

  2. A Norma Culta – hoje Norma Padrão – da língua portuguesa vigente na época em que Assu se tornou autônoma determinava que o vocábulo “assu” – como também “mossoró” – fosse escrito com dois “esses”. Reformas ortográficas posteriores da mudaram a grafia, mas ambas a cidades optaram pela forma original, como um elemento de referência cultural.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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