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O descaso com o prédio do Diário de Natal

Na foto de José Aldenir para O Jornal de Hoje mostra um prédio abandonado. Pela cor dos ladrilhos, vermelho e azul, percebe-se que este prédio pertenceu ao extinto Diário de Natal, um dos mais tradicionais periódicos que o Rio Grande do Norte já teve, de propriedade do Diário Associados, e fechou em outubro do ano de…

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Na foto de José Aldenir para O Jornal de Hoje mostra um prédio abandonado. Pela cor dos ladrilhos, vermelho e azul, percebe-se que este prédio pertenceu ao extinto Diário de Natal, um dos mais tradicionais periódicos que o Rio Grande do Norte já teve, de propriedade do Diário Associados, e fechou em outubro do ano de 2012.  O prédio, localizado no final da Avenida Deodoro da Fonseca, está completamente abandonado.

Os registros do Google Maps desde 2011 mostram o desgaste que o prédio vem sofrendo ao longo dos tempos. Conforme estas imagens a seguir:

Começou a ficar assim após a reforma do jornal em 2009, quando houve demissões de alguns jornalistas e a publicação sofreu com algumas modificações, como a transformação do formato standart para tabloide.

Em 2010, este prédio foi vendido e mudou a sua sede para o bairro de Igapó, logo após a ponte de mesmo nome, na zona Norte da capital potiguar. O jornal começou a ser impresso na sede do Diário de Pernambuco (que também pertence ao Diários Associados), em Recife.

Os vizinhos do prédio tiveram que colocar blocos de tijolos nas principais entradas, pois o local estava sendo usado para abrigar usuários de drogas. O terreno totalmente deteriorado e tomado pelo mato. O problema fez com que os moradores ficassem sentem inseguros, visto que o local se tornou um local para consumo e venda de drogas.

Os moradores já tiveram que se juntar para fechar algumas partes do prédio para que os usuários usavam para entrar no terreno. Mas, eles continuaram visitando o terreno e pulavam o muro para entrar.

Além disso, outra questão é a incidência de mosquitos, uma vez que o terreno acumula muito lixo. Já foram registrados casos de dengue na rua por causa da água da chuva que fica acumulada nos recipientes jogados lá dentro.

O abandono do prédio do Diário de Natal já foi retratado em diversas reportagens da mídia local, como o jornalista Saulo de Castro mostrou muito bem no Portal No Ar.

O Diário de Natal foi criado em 1932. Aos domingos, ele era vendido como O Poti, que foi suspensa em 2009 e retornado em 2011.  Na década de 1970, o impresso chegou a ter um tiragem diária de 30 mil exemplares numa Natal que àquela época tinha pouco mais de 200 mil habitantes.

O Diário de Natal também se constituiu como uma escola de jornalismo do Rio Grande do Norte, dos quais os grandes profissionais passaram pelo jornal. Era o mais antigo jornal impresso em circulação na capital potiguar. No dia 2 de outubro de 2012 o grupo Associados de Pernambuco decretou seu fim, alegando que iria trabalhar apenas com o site, que fechou em janeiro do ano seguinte.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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