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O que é “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”?

Um dos projetos mais conhecidos do prefeito Djalma Maranhão, que completa 100 anos neste ano e foi o último Chefe do Executivo Municipal antes da chegada da Ditadura Militar, foi o “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”. Maranhão era conhecido por promover uma série de iniciativas que marcaram o dinamismo de sua…

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Um dos projetos mais conhecidos do prefeito Djalma Maranhão, que completa 100 anos neste ano e foi o último Chefe do Executivo Municipal antes da chegada da Ditadura Militar, foi o “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”. Maranhão era conhecido por promover uma série de iniciativas que marcaram o dinamismo de sua administração: Galeria de Arte, Palácio dos Esportes, Estação Rodoviária, construção de galerias pluviais, etc.

Era coordenado pelo professor e historiador Moacyr de Góes, secretário de Educação. O objetivo era a erradicação do analfabetismo na capital potiguar.

Aqui mostra um vídeo de como era feito isto:

https://www.youtube.com/watch?v=PSW1TgaYvY8

Na época, 59,97% dos adolescentes de 14 anos não sabiam ler ou escrever. O Município, então, percebeu que os jovens nas comunidades mais periféricas, principalmente Rocas e Mãe Luíza, não tinham dinheiro para adquirir fardas ou sapatos para adentrar as escolas. Além disso, eles não tinham algo para se divertir e viviam na miséria, fatores que poderiam levar à marginalidade.

Ligado às reivindicações populares, o prefeito designou o professor Moacyr de Góes para planejar, organizar e executar a campanha para erradicar o analfabetismo em Natal. Inspirados no modelo de educação de Paulo Freire, surge o projeto.

Foram construídas escolinhas improvisadas, construídas por palhas de coqueiro e piso simples, uma espécie de acampamento. O resultado foi a alfabetização de 1.200 crianças e 300 adultos.

A campanha cresceu de maneira extraordinária passando por várias fases. A das “escolinhas municipais”, que funcionavam em salas cedidas por particulares. Depois, os “Acampamentos Escolares”, escolas rústicas com piso de barro batido e cobertas por palhas de coqueiros.

Para os adultos que não queiram estudar nos “acampamentos”, o ensino era feita na casa do analfabeto, onde se reunia um grupo não superior a seis pessoas. Os professores eram recrutados entre meninos e meninas do Grupo Escola Isabel Gondim, que se apresentavam para ensinar sem receber salário. Um fato de grande importância foi sem dúvida a construção do Centro de Formação de Professores, cuja direção, foi entregue à professora Margarida de Jesus Cortês.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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