A rainha do carnaval de Natal, principalmente na primeira metade do século XX, era como se fosse tão famosa quanto uma influencer nos dias de hoje. Além disso, ela era a pessoa mais famosa durante os quatro dias de folia na cidade. E, por isso, o concurso era disputado pelas moças de família da elite potiguar. Mas, quando ganhava. O que acontecia?
Eu achei um trecho de uma pesquisa de Frederico Tavares, no qual retratava Tirol e Petrópolis neste período. Lá, ele comentava as obrigações que uma rainha de carnaval deveria ter.
Primeiramente, durante o concurso disputava 25 meninas. Cada uma, no entanto, era representada por um clube ou associação. Vale lembrar, no entanto, que neste período da Belle Époque, Natal era cheia de associações.
Em segundo lugar, a vencedora, a rainha do carnaval de Natal, teria o direito de ir a todos os bailes de carnaval da cidade. Quando digo todos, eram todos mesmos. Além disso, seu rosto estava nos principais lugares e as lojas de tecido e joias forneciam “mimos” para que ela pudesse fazer a propaganda.
Elas também tinham que apresentar beleza, belas fantasias, graças e, acima de tudo, simpatia. Afinal, quanto mais acessível e educada, melhor. Então, se errasse seria vista com péssimos olhos, como se fosse o cancelamento hoje em dia.
Você pensa que isso acabava no carnaval? Não, porque as mesmas competidoras também participavam de concurso de beleza e quanto mais ganhava, mais prestígio tinha na capital potiguar.
Isto parece bastante com a moda de ser digital influencer? Deixe aqui o seu comentário.
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