São 33.353 domicílios que vivem em aglomerados subnormais registrados em 2019, as famosas favelas. Poucas pessoas sabem deste lado de Natal ou fingem que não existe, no qual o Plano Diretor de Natal quer cobrir esses espaços com prédio. Mas, afinal, qual é a maior favela da capital do Rio Grande do Norte?
Foto: Tribuna do Norte
A maior favela de Natal é a África, que fica no bairro da Redinha, zona Norte da capital potiguar e tem 1024 domicílios em ocupação. O local fica literalmente embaixo da Ponte Newton Navarro, que liga a ZN com os bairros da Zona Leste.
Já a segunda maior favela de Natal é Alemão, que fica em Felipe Camarão, com 648 casas ocupadas de forma improvisada.
Ao todo Natal tem 41 favelas
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade do Natal tem 41 aglomerados subnormais, nome para se referir a favela. No entanto, todas as quatro zonas urbanas mostram moradias construídas de forma improvisada e são pessoas abaixo de três salários mínimos. Isto é um reflexo de um plano de urbanização de forma tardia, visto que o Plano Palumbo surgiu apenas no século 20.
O bairro de Mãe Luiza, na década de 50, era considerada uma favela nos jornais, visto que a maioria dos moradores eram pescadores, trabalhadores do porto e de obras na cidade. Mãe Luíza, no entanto, só recebeu urbanização na década de 90.
Depois, por conseguinte, veio o crescimento de favelas na capital na década de 80 e 90, principalmente no entorno dos conjuntos habitacionais e a criação de loteamentos estaduais com infraestrutura comprometida.
O nascimento dos conglomerados urbanos
De acordo com o pesquisador Tamms Moreira, os espaços periféricos do Brasil surgiu a partir da crise das políticas habitacionais, que intensificou graças a hiperinflação dos anos 80 e 90, ocasionado a má distribuição de renda. Como resultado, 47,7% da renda nacional contava-se em 10% da população mais rica contra 39,6% da renda em 1960. No entanto, a tentativa de diminuir as favelas com o conjunto habitacional foi por água abaixo, uma vez que a maioria dos moradores tinham como renda acima de três salários mínimo.
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