Antes de publicar seu primeiro e único livro, “O Horto”, Auta de Souza participava de grêmios literários. Eram grupos de jovens natalenses que se uniam para discutir a literatura. Como resultados, muitos criaram jornais em que publicavam os seus trabalhos. Por intermédio do seu irmão, Henrique Castriciano, a Auta começou a adentrar nesses clubes.
Primeiramente, escreveu assinando pseudônimos, com poemas mais ultrarromânticos e utilizando o eu-lírico numa voz masculina. Posteriormente, começou a identificar como Auta de Souza, focando em suas angústias e religiosidade.
Assim, ela conquistou vários fãs, como Manoel Dantas. Ainda mais o folclorista Câmara Cascudo era fã assumido de sua obra e que, por conseguinte, realizou a sua biografia. Além disso, ela trabalhou em alguns jornais, sendo um deles o jornal “A Tribuna”, “A República” e “Rio Grande do Norte”, todos de clubes literários de Natal.
Utilizando o site da Hemeroteca Nacional, nós descobrimos alguns poemas de Auta. As publicações são entre 1899 a 1900, ano que se destacou no RN. Seu livro, “O Horto”, lançou um pouco antes de sua morte, aos 24 anos, e o prefácio de sua primeira edição teve a assinatura de Olavo Bilac, importante poeta do Parnasianismo.
O motivo de publicar desta seguinte forma era manter a originalidade da grafia do português daquela época e também mostrar como era a grafia da época. Coletamos poemas dos três jornais acima.
Veja, portanto, os seus poemas, fotografados diretamente do jornal a seguir.
A República
Rio Grande do Norte
A Tribuna
Sobre Auta de Souza
Nasceu em Macaíba, região da Grande Natal, no dia 12 de setembro de 1876, na cidade de Macaíba. Seu nome está estampado em escolas, turmas e inspiração para muitas escritoras mulheres, uma vez que o ambiente ainda é predominantemente masculino.
O Brechando já falou em vídeo um pouco sobre a vida de Auta, importante escritora potiguar do século 20, no qual teve uma vida curta, porém bastante intensa.
Para conferir o vídeo na íntegra é só apertar, portanto, o play a seguir:
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