O escultor potiguar Guaraci Gabriel está fazendo uma homenagem ao audiovisual do Rio Grande do Norte, uma vez que neste ano completa 40 anos o lançamento de “Boi de Prata”, uma vez considerado o primeiro longa potiguar e se tornou um marco na história do audiovisual potiguar.
Gabriel mostrou o processo da obra através de sua rede social. Está instalada na estrada de Pipa, na BR-101, no km 16. E, vocês, portanto podem acompanhar a instalação a seguir:
Boi de Prata
O filme é considerado o primeiro longa-metragem produzido no Rio Grande do Norte e foi dirigido por Carlos Augusto Ribeiro Júnior. Lançado no ano de 1980
De acordo com a sinopse, o filme se passa em Caicó e narra a história de Elói Dantas, o rico herdeiro de um fazendeiro, volta da Europa para ampliar os negócios do pai. Vem com a mulher Beatriz, sempre bêbada e louca para voltar para Londres. Associado a grupos estrangeiros, Elói quer explorar os minérios e para isso tenta se apropriar do pequeno sítio de Antônio Vaqueiro, que já não tem nada, recorre a Maria dos Remédios, uma curandeira cigana, e a Tião Poeta, fazedor de versos e sonhador, para ajudarem-no a salvar o pedaço de terra que lhe resta.
Ela transmite seus conhecimentos sagrados a Tião para que ele, armado com o sonho e a magia popular, enfrente a crueldade do fazendeiro. Em suas fantasias, o poeta sonha com o boi de prata, um boi brilhante e misterioso, símbolo da libertação do povo. Elói Dantas contrata um grupo de jagunços armados para invadir a terra de Antônio.
Sobre Guaraci Gabriel
O artista Guaraci Gabriel é escultor e desde a década de 80 utiliza sucatas como peças para as suas obras. Começou primeiramente guardando sucata na empresa que trabalhava em Mossoró, no qual o dono foi um dos maiores incentivadores de seu trabalho. Ele nasceu em São Pedro do Potengi e reconhecido mundialmente. Já participou de quatro bienais internacionais, e países como Cuba, França e Áustria.
A instalação Guerra e Paz, por exemplo, de 1998, consta no Guiness Book, o Livro dos Recordes, como a maior escultura já feita em material reciclado no mundo inteiro. Ele usou materiais como destroços de aeronaves caças F5, 1 caldeira, tubos de ferro e ossos.
A base técnica para a elaboração dos seus trabalhos ele traz do curso de Edificações, feito na antiga ETFRN, atual Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), onde teve aulas com o Thomé Filgueira.
Em 2016, 12 obras deles foram expostas no SESC do bairro de Cidade Alta, mostrando os seus 12 trabalhos mais importantes. Em 30 anos de carreira o artista já concretizou mais de 30 obras de grande porte.
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