30Nesta quarta-feira (01) alguns entregadores de aplicativos resolveram parar. Durante o ato, eles pediram o boicote para que não pedisse nada nestas empresas, acusadas de explorar o motociclista/ciclista e má distribuição do valor do frete. Além disso, os grevistas solicitaram algumas das reivindicações, como:
1- Aumento do valor por km
Com o aumento da demanda pelo serviço de entregada em meio à pandemia de Covid-19, os entregadores afirmam que o lucro dos aplicativos aumentaram, no entanto nenhum reajuste foi repassado aos trabalhadores.
Aumento do valor mínimo
Os entregadores reivindicam portanto o aumento no valor mínimo de entrega para que possa ser compensado o deslocamento de cada um deles, independentemente do veículo.
Fim dos bloqueios por meio dos aplicativos
Segundo a categoria, aplicativos rastreiam participantes de protestos e movimentos e realizam bloqueios e desligamentos da plataforma
Fim da pontuação e restrição de local pela Rappi
Para os entregadores, a pontuação força o trabalhador a longas jornadas de trabalho, já que para conseguir mais corrida e acesso a determinadas áreas é preciso conquistar uma pontuação mínima por semana.
Seguro de roubo e acidente
A categoria pede segurança contra roubos e em casos de acidentes durante a jornada de trabalho. Além disso, solicitam o Auxílio-pandemia Distribuição de EPIs e licença remunerada em caso de doença
Natal participou do Breque do App
E teve em Natal? O chamado “Breque dos Apps” também aconteceu na capital do Rio Grande do Norte, onde dezenas de pessoas se juntaram nos cruzamentos das avenidas Senador Salgado Filho e Bernardo Vieira para reivindicar os seus direitos. Depois, foi realizada uma passeata que contou com o apoio de alguns dos movimentos sociais, que aconteceram simultaneamente com outras cidades brasileira. A foto acima foi registro da ativista política Marie R, integrante do grupo Faísca e colaboradora do portal Esquerda Diário.
https://t.co/bWJPob9yXH #BrequeDosApp #BrequeDosApps #grevedosentregadores #rn #natal
— #QuemMatouGabriel (@qqfoimarie) July 1, 2020
Movimentos sociais apoiaram a causa
“Eles empilharam suas bags, debatiam as suas reivindicações e o futuro da sua luta, denunciando os lucros tirados sob suas vidas deixadas sob duas rodas. Depois da concentração no Midway, os entregadores saíram em buzinaço pelas principais vias da cidade, em direção ao supermercado do Nordestão na Av. Roberto Freire. Contaram com a presença de alguns estudantes da UFRN em solidariedade com a sua luta”, comentou a página ligada ao Movimento Revolucionários de Trabalhadores.
Com o slogan “Nossas Vidas Valem Mais que o Lucro Deles”, a categoria que já lidava com a falta de assistência e direitos básicos viu o cenário piorar em meio pandemia. Considerada atividade essencial, o serviço segue com alta demanda e baixa remuneração, enquanto os riscos só aumentam.
Estudantes da especialização em Documentário também fez documentário para falar dos entregadores de aplicativo
O documentário “Subordinação Cibernética: patrão invisível” traz o depoimento de alguns entregadores de Natal, colhidos no final de 2019. Veja o que eles disseram sobre a precarização do seu trabalho, mesmo antes dessa situação atual de pandemia. O mini doc foi produzido para a disciplina Documentário e Sociedade, ministrada pelo prof. Gilmar Santana, parte da grade da Especialização em Produção de Documentário da UFRN, coordenada pelo professor Ruy Rocha.
Clique no play a seguir para ver o documentário:
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