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Terezinha de Jesus, a história da diva potiguar

Antes da Marina Elali e Roberta Sá, uma cantora potiguar fez bastante sucesso nos anos 80 e nesta quarta-feira (03) faz aniversário de 68 anos. O seu nome é Terezinha de Jesus. Muitos questionam o seu sumiço, porém vive sua vida reclusa na capital potiguar, onde está de volta desde o ano de 1994. Vamos…

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Antes da Marina Elali e Roberta Sá, uma cantora potiguar fez bastante sucesso nos anos 80 e nesta quarta-feira (03) faz aniversário de 68 anos. O seu nome é Terezinha de Jesus. Muitos questionam o seu sumiço, porém vive sua vida reclusa na capital potiguar, onde está de volta desde o ano de 1994. Vamos contar um pouco de sua história a seguir.

Terezinha de Meneses Cruz é o seu nome de batismo e nasceu na cidade de Florânia, mas seus estudos aconteceram na cidade seridoense de Currais Novos. Quando se mudou para Natal em 1970, a convite de sua irmã Odaíres e do marido da mesma, o compositor Mirabô, decidiu participar do Festival “Explo70”, onde a partir daí começou a se apresentar em show regulares pela cidade. Nos anos seguintes, passou por mais alguns festivais tendo ganho um deles com a música “Quero talvez uma nêga” (Ivanildo Cortês / Napoleão Veras).

Na convivência diária com a família, Carlos Gil, seu sobrinho, lhe granjeou o primeiro nome artístico “Tiazinha”. A partir daí, em meados dos anos 1970, fez parte do grupo “Opção”.

No final dos anos 70, ela trabalhou como backing vocal de Tim Maia. Em 1977, foi convidada pelo ex-produtor de Tim Maia, Jairo Pires, que havia saído da Polydor e subido à presidência da CBS. Na gravadora, Terezinha, Odaíres (sua irmã mencionada anteriormente) e Elba Ramalho foram backing vocal para compor o álbum de estreia de Zé Ramalho.

O seu nome artístico surgiu a partir de um encontro com o compositor Abel Silva, que junto e sob aprovação de José Capinam, nos bastidores de um show em que ela cantaria com Paulinho da Viola.

No ano seguinte, em 1978, conhece Fagner e tem contato com algumas de suas canções e ganha de presente dele a faixa Cigano, intepretada, gravada e lançada com mais três canções que fizerm sucesso em um compacto encartado no “Projeto Vitrine”.

O compacto fez tanto sucesso no Rio de Janeiro, que é convidada para um show dividindo o palco com Moraes Moreira e Djavan. Enquanto se apresenta nessa temporada de shows, Terezinha assina, numa parceria com Fagner, como diretor do selo Epic no Brasil e prepara entre um show e outro alguma música do disco.

Nessa época, entrou para a lista das mais novas artistas nordestinas ao lado de Amelinha e Elba Ramalho. Em 1979, sai seu primeiro LP, intitulado “Vento Nordeste” incluindo as quatro músicas do compacto e mais oito gravadas até seu lançamento.

Em 1980, sua fama cresceu, assim também como a receptividade de suas canções. Lançando o segundo álbum pela Epic, “Caso de Amor”. Algumas das músicas deste disco ainda são bem lembradas hoje, porém, na voz de outros artistas, como “Cidade Submersa” do grande amigo Paulinho da Viola. A faixa-título do disco chegou a ser incluída pela Rede Globo na trilha sonora da novela “As Três Marias”, que tinha como uma das protagonistas Glória Pires.

Mas o seu álbum de maior sucesso foi lançado em 1981. “Pra Incendiar seu Coração” foi produzido por Sivuca, trazendo um ritmo bem dançante e conquistou por ser mais direcionado ao período junino. O disco completo pode ser escutado a seguir:

Em 1982,  ela lança “Sotaque” e começa a chamar atenção pela sonoridade tipicamente nordestina da época, além de trazer um repertório bem equilibrado entre o romântico e o regional, chama mais atenção ainda pelo fato de conter uma música em homenagem ao seu estado natal, o Rio Grande do Norte na faixa “Mares Potiguares”.

Em 1983, grava seu último disco, cuja faixa-título, “Frágil Força” é um presente do Luiz Melodia. Depois saiu da CBS e nunca mais gravou um álbum.  Os únicos registros de sua obra em CD estão em seu volume na famosa série “20 Super Sucessos” lançado em 1997.

A cantora nesta quarta vai receber uma homenagem dos artistas potiguares no Bardallos, a partir das 19 horas, no bairro de Cidade Alta, onde serão celebradas as suas canções.

A  partir das 19h teremos a abertura da exposição “Inter-Semiótica” e o lançamento do zine “Projeto” de Falves Silva ao som do Dj Wescley Mariano com Set List das músicas gravadas por Terezinha. Já o cantor Mirabó e convidados (Yrahn Barreto, Jamilly Mendonça, Rodolfo Amaral, Ricardo Menezes, Clara Menezes e Odaíres) abrilhantam a noite em uma celebração a Terezinha de Jesus.

Para saber mais informações do evento é só clicar neste link.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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