O que as pessoas sentem uns aos outros? Como os casais se formam? Um dia você entra na universidade e vai para uma sala com várias pessoas. Lá, você pode conhecer o rapaz que pode ser o amor da sua vida. Sim, um Speeding Date ou Encontro Rápido. Como assim? Se você é solteiro e quer participar da pesquisa, o Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), está fazendo um trabalho com pessoas solteiras para saber o que atraem amorosamente/sexualmente nas pessoas.
De acordo com Adrielly Nascimento, a pesquisa surgiu a partir de discussões do artigo, além de não ter tido uma pesquisa deste porte no Brasil.
Esta é a quarta etapa da pesquisa, no qual uma foi realizada no ano passado e duas neste ano. No entanto, a equipe está com dificuldade de encontar pessoas, uma vez que a maioria da população de Natal tem mais mulheres do que homens. “Nós já temos sete casais, até o momento. Acho que a dificuldade é de divulgação, de tentar tirar as pesquisas só do meio acadêmico, tentar conseguir pessoas que não são universitários pra participar”, comentou.
O Speed Dating, ou “Encontro Rápido” em português, surgiu no final do século XX, mais precisamente em 1998 nos Estados Unidos. Seu criador foi o Rabino Yaacov Deyo e sua esposa, Sue, baseados na tradição judaica de ajudar jovens judeus solteiros a encontrarem o amor de suas vidas. Para isso, criaram o “Shiduch”, ou encontro, com a intenção de promover encontros amorosos entre jovens de forma que eles não se conhecessem anteriormente. O primeiro evento de Speed Dating aconteceu no Pete’s Café, em Beverly Hills.
A prática do Speed Dating deixou de ser exclusivamente voltada para o público judeu, foi ganhando espaço e tornou-se popular principalmente nos Estados Unidos, Europa, China e Austrália. Transformou-se em uma forma de criar relacionamentos entre diferentes pessoas, de forma divertida e eficiente.
Porém, essa pesquisa não ajudará apenas a formar casais, mas também contribuir para ciência. Como se forma?
O encontro acontece dentro do Centro de Biociência, na UFRN, onde são preenchidos formulários e entram numa sala, no qual a cada três minutos vai falar com uma pessoa diferente. Após conversar com todos, eles assinalam um cartão com o número da pessoa escolhida. Se coincidir, deu match, então os contatos são trocados. Bem Tinder mesmo. “Sempre tem algum casal que dá match, dificilmente não existe encontro que não tenha um. Geralmente o feedback é positivo”, explicou a pesquisadora, que também comentou não saber se realmente formou casais reais.
“Após as sessões, a gente não acompanha o casal. A gente só quer entender o processo de seleção na escolha do parceiro”, explicou. A intenção é também fazer encontro com casais homossexuais e bissexuais.
Quer participar? Mande um e-mail para [email protected].
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