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Dia que as pessoas tiveram pânico no cinema em Natal no ano de 56

Desde que os cinemas chegaram na capital potiguar, no início do século XX, com o Polytheama.  A ida para assistir um simples filme no fim de semana no centro de Natal ou no Alecrim sempre tinha alguma história para contar, era o principal lazer das pessoas, principalmente daqueles mais abastados. As mulheres e homens saíam…

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Desde que os cinemas chegaram na capital potiguar, no início do século XX, com o Polytheama.  A ida para assistir um simples filme no fim de semana no centro de Natal ou no Alecrim sempre tinha alguma história para contar, era o principal lazer das pessoas, principalmente daqueles mais abastados. As mulheres e homens saíam de suas casas com as melhores roupas.

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Então, eu achei uma nota que conta uma história similar ao do bebê do Midway.

Tudo aconteceu no Cine Rex, que ficava na Av. Rio Branco, onde hoje funciona as lojas Insunuante. Antigamente, as salas funcionavam parecidas como um teatro, tinha a parte inferior e a superior, como se fosse um camarote. Enquanto as pessoas estavam assistindo a película, um barulho estrondoso foi ouvido em direção ao piso superior. Para piorar, o cinema passara por uma reforma após a queda da marquise.

Então alguém gritou: “Está caindo!”. Causando um pânico e correria para quem estava na sala. Nunca tinha visto um pânico maior em minha vida! Por um instante a multidão enlouqueceu. Mulheres, crianças, homens, todo mundo passava por cima dos outros, querendo sair a toda pressa e de qualquer maneira!”, diz a nota.

Na verdade aconteceu nada e foi apenas uma brincadeira. Quando os espectadores perceberam que o cinema não iria desmoronar, o público voltou ao lugar e o filme voltou a ser executado. No final, virou uma nota de jornal e comentários engraçados da plateia.

Filme que estava passando enquanto aconteceu a confusão era Rapsódia, como Elizabeth Taylor como protagonista, e conta a história de uma filha de milionário que mora com o pai no sul da França e decide deixá-lo para acompanhar o namorado até a Suíça, onde ele estuda música com o respeitável professor Schuman. Louise se matricula no curso também e lá conhece um outro rapaz. Então surge-se um triângulo amoroso.

O acontecimento saiu no jornal “O Poti”, no dia 28 de julho de 1956, e foi assinada por Veríssimo de Melo.  Veja a nota na íntegra a seguir:

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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