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Natal poderia ser uma base militar se URSS x EUA entrassem em guerra

Uma reportagem da BBC explicou novos motivos para que os Estados Unidos para seguir em frente com a sua Base Militar em Natal após a Segunda Guerra Mundial. Apesar dos EUA e União Soviética (URSS) serem unidos contra o Terceiro Reich, ambos já começavam a querer impor as suas ideias em cada país.  (Foto acima do título:…

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Uma reportagem da BBC explicou novos motivos para que os Estados Unidos para seguir em frente com a sua Base Militar em Natal após a Segunda Guerra Mundial. Apesar dos EUA e União Soviética (URSS) serem unidos contra o Terceiro Reich, ambos já começavam a querer impor as suas ideias em cada país.  (Foto acima do título: Fundação Rampa)

Após ocupar o Leste Europeu, os soviéticos agora avançam pelo Hemisfério Sul. As tropas comunistas invadem a Austrália, ocupam a África e de lá partem para a conquista do território de onde lançarão a ofensiva final contra os Estados Unidos: o Nordeste do Brasil. (BBC)

O Brasil estreitou os laços com os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial ao se unir aos Aliados contra Alemanha, Itália e Japão. Neste período, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada à Itália, e o Brasil passa a abastecer a indústria bélica dos EUA com borracha e outras matérias-primas. No início dos anos 1940, Natal se torna a mais movimentada base aérea dos EUA no exterior.

De acordo com o repórter João Fellet, a CIA, na semana passada, divulgou cerca de 800 mil documentos que vieram à tona após uma longo processo movido por defensores do livre acesso à informação.

O documento de 33 página  mostra que o Nordeste brasileiro é propício aos conflitos sociais e um “potencial centro de agitação e disseminação de ideais comunistas”, mas considerada crucial para a defesa do Atlântico-Sul e dos Estados Unidos em caso de um ataque russo a partir da África.

Segundo a CIA, o Nordeste era tão importante para a segurança dos EUA quanto o Canadá e o Canal do Panamá, a conexão marítima entre o Atlântico e o Pacífico. A agência cita o general francês Lionel Max-Chassin, para quem uma hipotética ofensiva soviética contra os EUA incluiria ataques a partir do Ártico e da “faixa costeira entre Natal e a Bahia“. (BBC)

A Guerra Fria, como o período ficou conhecido, no qual houve briga ideológica, política e social entre a URSS e EUA. Recebe este nome por ter sido mais estratégica do que uma guerra armada, mas todos tinham medo de que virasse uma briga deste porte ocorressem, pois ambos possuem armas nucleares.

O documento defendia duas linhas de ação para aproximar Brasil e Estados Unidos e impedir a infiltração comunista em terras brasileiras, que poderia ser tanto no campo ideológico através de propagandas criticando o comunismo ou a morte de grupos comunistas presentes em “todo o país e em diferentes esferas do governo”.

Entre as ações que a agência considerava essenciais estavam modernizar a agricultura brasileira, difundir a energia hidrelétrica e ampliar a produção de combustíveis fósseis.

Se recebesse o apoio militar devido, diz a CIA, o Brasil poderia assumir integralmente a defesa do Nordeste, do Atlântico-Sul e até participar de batalhas contra os soviéticos na Europa. Nota do Brechando: Então, existe mais provas que a Ditadura Militar foi financiada pelo Tio Sam.

O relatório aponta que se o Brasil e EUA não se aproximassem voluntariamente, os americanos iriam intervir no território brasileiro em caso de conflito com a URSS.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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