A série Dalton/Hebe estreou na semana passada e já está disponível no You Tube. Em sete dias de vida na internet, a página do Casa da Praia já tem quase 300 inscritos e os três episódios, juntos, estão com quase quatro mil visualizações. Consegui ver o episódio em um fim de semana e a sensação é de querer ver todos de uma vez e acompanhar logo a segunda temporada.
A história narra a história de dois amigos, no qual ambos possuem dedos podres para escolher um cara. O Dalton é estudante de mestrado e gay. A Hebe, por sua vez, é hétero, divorciada, atriz e mãe de duas filhas pequenas. A dupla quer encontrar o outro par da sandália havaiana, mas, ao mesmo tempo, tem que encarar os problemas do cotidiano.
Sim, o nome é uma tiração de sarro com a série inglesa Downton Abbey, que se pronuncia como Dalton Hebe.
Tudo começou quando os dois tiveram a “brilhante ideia” de encontrar um boy para o outro pelo Tinder. Claro que a não deu certo, pois eles não gostaram do que viram e mesmo assim resolveram se arriscar na missão cupido.
Os três episódios podem ser acompanhados neste canal e colocaremos a seguir o primeiro episódio para dar aquele gostinho.
O texto foi escrito a partir do argumento de Mateus Cardoso e foram dirigidos por Moniky Rodrigues (produziu “Ília”) e Pedro Fiuza. Cardoso, que também interpreta o Dalton, e Quitéria Kelly, a Hebe, convencem que são uma dupla de amigos, no qual dá vontade de chamar os dois para comer no Hot Dog do Arlindo que eles vão de boa e vai sair alguma coisa engraçada ou um transtorno.
O que gostei da série? O roteiro cheio de piadas, sarcasmo e está lembrando dos acontecimentos que cercam o país. Eles conseguiram encaixar diálogo e atuação de uma boa forma. Enquanto eu via os episódios, muitas vezes pensei: “Ei, pera, isto já aconteceu comigo/com amigo meu?”. Então, comecei a rir.
Apesar deles tratarem o cotidiano de forma escrachada, eles mostram a realidade de muitas famílias, como a mãe solteira que faz de tudo para conseguir dar certo, o gay tentando ter os mesmos direitos que o hétero (principalmente, de beijar o seu namorado em público), as novas relações familiares do Brasil e o uso das tecnologias para construir relacionamentos (com certeza você já viu a sua prima usando Tinder para arranjar alguém).
Eles também questionam sobre a tal da “figura paterna”, que para as filhas de Hebe é o Dalton, mostrando que as meninas podem ter várias influências masculinas, não necessariamente ser o avô ou o pai.
Assim como Septo, Dalton/Hebe busca valorizar a cidade de Natal e seus cidadãos a partir de um olhar do nordeste urbano para si mesmo, sem clichês e lugares comuns sobre quem são os natalenses, seus sotaques, desafios de vida e espaços cotidianos onde habitam. Eles não forçam a barra em nenhum momento e muito menos tentam copiar as produções globais.
Se vale a pena assistir? Já falei, clica no link acima e vai com Jesus!
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