Hoje é dia 21 de abril, feriado que comemora o dia de Tiradentes, considerado herói da Confidência Mineira, que foi um dos movimentos políticos que lutou pela independência do Brasil com Portugal. E o Nordeste? Houve uma luta para ser independente e deixar de ser um território brasileiro? Sim, houveram vários movimentos separatistas no período colonial e também no império. Um dos movimentos que o Rio Grande do Norte participou (indiretamente) foi a Confederação do Equador.
O que foi isso?
Após o Brasil ficar independente de Portugal, Dom Pedro I se tornou imperador do país, mas a sua gestão gerou insatisfação na região Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará. Os críticos de sua gestão eram Cipriano Barata e Frei Caneca, no qual publicavam em seus respectivos jornais diversas críticas ao governo e desejavam uma república em 1823, 66 anos antes da Proclamação da República.
Além disso, a Constituição outorgada em 1824, impôs ao país um estado unitário. Pernambuco não aceitou essa Constituição e em 2 de julho de 1824, seu presidente Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador (movimento republicano e separatista que uniu Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte). No início a Constituição adotada foi a Colombiana. O objetivo era formar um novo estado completamente separado do Império, cujas bases eram um governo representativo e republicano, garantindo a autonomia das províncias confederadas.
A repressão ao movimento estava sendo preparada no Rio de Janeiro. Várias tropas foram enviadas para o Nordeste. Em setembro de 1824, as forças de Lima e Silva dominaram Recife e Olinda (principais centros de resistência), e dois meses depois foi a vez do Ceará.
As penas impostas aos revoltosos foram severas e D. Pedro não atendeu aos pedidos para que elas fossem mudadas. Frei Caneca foi condenado à forca, contudo, acabou sendo fuzilado. Mesmo com o fim da Confederação do Equador, a insatisfação contra o absolutismo do Imperador continuava e crescia cada vez mais.
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