Dos 318 casos suspeitos de microcefalia no Rio Grande do Norte, apenas 70 foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Em novembro, quando começou o surto de nascimentos de bebês nesta situação no estado, houve a confirmação de 40 casos. Portanto, houve um aumento para 30 bebês nascidos com microcefalia.
Dos 70 casos confirmados até o momento, 66 foram baseados em critério clínico-radiológico, por apresentar resultado de exame de imagem com presença de alterações típicas indicativas de infecção congênita, como dilatação dos ventrículos cerebrais, calcificações intracranianas, entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem. Quatro casos foram confirmados por critérios clínico-laboratoriais e com a identificação do vírus Zika.
Entre os casos notificados, 260 são de nascimentos ocorridos em 2015, 51 são de nascimentos ocorridos até 13 de fevereiro deste ano, dois foram abortos, quatro intraútero e um ignorado em 2014. Do total de notificações, 70 foram confirmados, 20 foram descartados e 228 estão sob investigação.
Os 20 casos foram descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.
Os casos notificados estão distribuídos em 71 dos 163 municípios do RN. Do total de casos notificados, 14 evoluíram para óbito, após o parto ou durante a gestação (aborto espontâneo ou natimorto).
O que é microcefalia?
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça da pessoa é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. Microcefalia normalmente é diagnosticada no começo da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.
Crianças com esta doença tem problemas de desenvolvimento e é incurável, mas existe tratamento para melhor as condições de vida do bebê.
A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais. O Ministério da Saúde trabalha como principal hipótese para o aumento de microcefalia no Nordeste o Zika vírus, visto que alguns relatos das mães que tiveram os filhos dessa forma tiveram a doença causada pelo mosquito da dengue durante a gravidez.
Até o momento o que causava a microcefalia é a exposição às drogas, álcool ou produtos químicos, desnutrição, rubéola, toxoplasmose, diminuição do oxigênio para o cérebro fetal, má formação do bebê ou infecção por citomegalovírus.
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