Um belo dia estava no meu trabalho, planejando conteúdos para os meus clientes e do nada ouvi um barulho estrondoso. Pensei que era só uma batida comum, pois a empresa fica perto de um cruzamento bem movimentado. Mas, os burburinhos cresceram e os passos já estavam em direção à calçada da sala.
Vem o primeiro ato de quando rola o acidente: a fofoca.
Primeiro ato do acidente de carro em Natal
O resultado rapidamente vi. Dois carros colidiram no cruzamento, quando um carro não respeitou a placa de “Pare” e bateu no outro veículo. Ou seja, houve mais um acidente de carro em Natal. No entanto, um deles bateu no muro e quase adentrou dentro de uma casa.
Claro que as fofocas (podemos dizer uma partilha?, como diz a Leila Germano) pairavam na vizinhança. Todo mundo queria saber o que aconteceu, se alguém saiu ferido e os moradores da casa estavam na residência quando houve o acidente.
“Será que eles vão pagar o conserto do muro?˜, disse uma pedestre.
Mas, todo mundo ficou embasbacado de como conseguiram deixar um buraco no muro e se a pessoa fazia aquele nível de cangueiragem, termo para se referir àquelas pessoas que dirigem muito mal. Claro que virou motivo de curiosidade.
Segundo ato
O caso chamou tanta atenção, que as pessoas não paravam de tirar foto, inclusive a minha pessoa. Todos queriam compartilhar aos amigos e familiares o que houve, trazendo aquela boa sensação de que soube primeiro ou ter a curiosidade diante dos olhos.
Depois, as pessoas estavam esperando o que iria acontecer, quando o amarelinho da STTU (Secretaria de Trânsito de Natal) e quem seria a culpa. Enquanto isso, formava um engarrafamento nos cruzamentos. Não é para evitar que novos acidentes acontecem, mas porque os outros motoristas passam bem devagar para saber o que houve.
Enquanto isso vem a terceira coisa que todo natalense faz quando ocorre o acidente de trânsito: esperar o desfecho.
Terceiro ato
Algumas pessoas desistem de esperar, principalmente quando o carro da STTU finalmente chega para fazer a perícia e registrar o acontecimento oficialmente. A alegria dos curiosos termina quando aparece o guincho para tirar os carros.
Mas, faltava um pedaço para saber: o muro.
“Vão fechar o muro, não? É a porta de entrada dos ladrões! Está o dia todo assim”, comentava uma das pessoas no corredor do meu trabalho, enquanto bebia um copo de água.
Foi no mesmo gole d’água que descobri que ninguém da casa estava, apenas a empregada doméstica, que só ouviu um barulho achando que não era tão grave assim.
Quando o sol estava se pondo, os pedreiros estavam fechando o muro e depois taparam o que restou do buraco apenas com tijolos. Durante dois dias, os muros ainda estavam aparente.
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