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O que foi o Club Carlos Gomes em Natal

Club Carlos Gomes

Não. Não estou falando do teatro Carlos Gomes, hoje Teatro Alberto Maranhão (TAM), na Ribeira. Existia um clube na capital potiguar chamado de Club Carlos Gomes, no qual os jovens adultos iriam para uma casa alugada no bairro de Cidade Alta para se divertir. O Club Carlos Gomes respondia aos apelos de uma sociedade que…

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Não. Não estou falando do teatro Carlos Gomes, hoje Teatro Alberto Maranhão (TAM), na Ribeira. Existia um clube na capital potiguar chamado de Club Carlos Gomes, no qual os jovens adultos iriam para uma casa alugada no bairro de Cidade Alta para se divertir.

O Club Carlos Gomes respondia aos apelos de uma sociedade que ansiava por um lugar em que pudesse haver reuniões sociais e bailes dançantes.

No ano de 1893, o Carlos Gomes agitava a vida natalense promovendo um salão que continha bilhar, sala de palestras, uma banda de música e uma sala de espera destinada às famílias da capital potiguar. Marcando o que estaria por vir no século XX. Posteriormente, o clube teve que mudar a sua sede para a Avenida Rio Branco, uma das principais ruas da cidade.

Neste período, eles abrigavam festas para várias associações da cidade como o Natal-Club. Mas, após briga entre membros o local foi fechado.

Mudança para Natal-Club

Foi nesse período que se chamara de Natal-Club, na avenida Rio Branco. Em meio aos festejos elaborados pelo clube, a instituição propunha uma “Hora literária”, ou seja, o momento em que as festas no clube dedicavam um instante à literatura local.

Mulher não podia participar

O momento literário era promovido pelos sócios do clube a fim de proporcionar, aos participantes, um momento de leitura, declamações de poemas e apreciações das produções literárias com a presença de alguns dos escritores do RN.

O clube que só aceitava homens como seus sócios. O Natal-Club era uma associação fechada a um número específico de sócios. Ou seja, tinha que conhecer alguém para entrar. Aqueles grupinhos fechados que nunca mudaram o comportamento social da cidade.

Só mudou com a entrada de Palmyra Wanderley

Somente 11 anos depois da fundação, já no século XX, que aceitaram a presença de mulheres, conforme publicaram no jornal “A República”, no qual divulgou um evento com a presença das escritoras Palmyra Wanderley e sua prima Carolina.

Mas, tudo isso só aconteceu porque o tio de Palmyra, Ezequiel Wanderley, e o noivo dela serem membros do clube.

 

 

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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