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Cola branca ecológica foi desenvolvida na UFRN

cola branca ecológica

A tradicional “cola branca” muitas vezes são instrumentos primeiramente para colar papéis, tecidos, isopor, entre outros materiais, é constituída por acetato de polivinila. Essa substância, no entanto, produz ácido acético como subproduto que, no meio ambiente aquático, pode causar mortalidade de espécies. Qual foi a solução dos pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do…

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A tradicional “cola branca” muitas vezes são instrumentos primeiramente para colar papéis, tecidos, isopor, entre outros materiais, é constituída por acetato de polivinila. Essa substância, no entanto, produz ácido acético como subproduto que, no meio ambiente aquático, pode causar mortalidade de espécies. Qual foi a solução dos pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)? Desenvolver um produto que não tenha essa substância.

O cientista Robson Fernandes de Farias (foto acima) é professor do Instituto de Química. Como resultado de seu trabalho, ele acaba de receber o patenteamento de um novo produto, denominado Cola Ecológica. Em entrevista para Agecom, o pesquisador explicou que chegou até a nova tecnologia após investigar formulações alternativas para “cola branca”.

Os passos até chegar ao produto final foram estas seguintes etapas:

  1. Criar diversos experimentos utilizando diferentes volumes da cola branca tradicional.
  2. O cientista misturava com as mais variadas soluções aquosas de carbomiximetilcelulose.

O que é esse nome difícil aí?

A carbomiximetilcelulose é uma modificação química da celulose, visto que merece destaque por sua importância econômica como agente espessante e pela grande variedade de aplicações. O produto não é tóxico. Além disso, o composto também recebe o nome de CMS e é um espessante na indústria de alimentos em sorvetes e na formulação de remédios.

Existe alguma diferença com a cola branca ecológica e a tradicional?

Neste momento, a UFRN produziu colas com diferentes proporções e porcentagens entre cola tradicional e carboximetilcelulose, com variações entre 10 % e 70% na relação entre uma e outra.

Robson frisa que a adesividade bem como a transparência do novo produto seco são comparáveis às da cola branca tradicional pura. Ainda mais, o pesquisador defende que a obtenção de uma formulação alternativa, fora o CMC. A segunda alternativa seria, portanto, a utilização de acetato de polivinila.

Acetato de polivinila?

O nome pode ser difícil, mas no mercado ele tem o nome de PVA. É um adesivo para materiais porosos, visto que cola madeira, isopor e entre outros materiais. Além disso, é um dos componentes que formam a cola amarela.

Ainda mais se usa PVA para elaboração de tinta látex e, por conseguinte, tecido vinil. Pelo fato de ser atóxico e sem cheiro, ele pode se misturar na água para melhorar o seu rendimento.

O pesquisador, no entanto, percebeu que misturando o acetato de polivinila (PVC) com a cola branca forma uma cola branca ecologicamente correta. Assim, não polui o meio ambiente e muito menos aumenta a extinção de espécies.

cola branca ecológica
Professor conseguiu patentear as suas fórmulas (Fotos: Cícero Oliveira)

A carta patente da cola ecológica branca

A invenção recebeu o registro de propriedade industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no último dia 30, com a denominação Preparação de “cola ecológica” utilizando-se formulação mista de acetato de polivinila e carboximetilcelulose.

As cartas-patente conferem a propriedade intelectual dos inventos de titularidade da UFRN, para uso aplicado pelos interessados, mediante licenciamento. Como retorno, a Universidade recebe royalties, divididos com os inventores.

Ou seja, ganha a universidade e o pesquisador em simultâneo.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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