Até o início do século XX, os bairros de Natal eram concetrados apelas por Ribeira e Cidade Alta. Por conta do alto crescimento da cidade, as pessoas começaram para migrar em outras regiões da cidade. Esses lugares, até então, eram habitados por fazendeiros e pessoas do campo. Assim, surgiu a Cidade Nova, posteriormente Petrópolis e Tirol.
Através do Plano Palumbo, um dos primeiros grandes projetos de urbanização da cidade, o urbanista Giovani Palumbo resolveu dividir o novo bairro em terrenos com áreas iguais, com duas avenidas principais: a Afonso Pena (chamada de Estrada de Areia Preta) e Hermes da Fonseca (não tinha este nome).
As mesmas eram paralelas à avenida Deodoro da Fonseca, a principal via do bairro de Cidade Alta. Além disso, ele resolveu batizar as ruas perpendiculares à estas a partir de nomes indígenas e tem alguma relação com o Rio Grande do Norte.
A seguir, o Brechando vai enunciar quais são, o significado do nome e a ordem será do sentindo centro a zona Sul de Natal. Certo? Então, vamos começar!
As ruas são:
Seridó
Há divergências quanto à origem do topônimo Seridó. Segundo o folclorista e historiador Luís da Câmara Cascudo, vem do linguajar dos tapuias transcrito como “ceri-toh”. Além disso, quer dizer “pouca folhagem e pouca sombra”, em referência as características da região.
Alguns apontam, no entanto, que o nome tem origem do judaísmo.
Potengi
Potengi é o termo que significa, portanto, rio de camarões e é o nome do principal rio que banha o Rio Grande do Norte.
Trairi
Trairi é uma das regiões mais importantes do Rio Grande do Norte, fica próximo da região Agreste do estado. Além disso, era o antigo nome da cidade de Santa Cruz. O nome significa Peixes descendo às águas.
Mipibu
Mipibu é uma palavra de origem Tupi que significa surgir subitamente. Nos idos de 1630, existia uma tribo de índios cujo nome era Mopebu. Além disso, era o maior e mais populoso das seis aldeias da Capitania do Rio Grande do Norte na época do Brasil Colônia.
Mossoró
O Brechando já falou uma vez sobre a origem da palavra, no qual também tem um significado indígena e conta-se que o nome provém de “Monxoró”, nome atribuído aos primeiros indígenas que habitavam a região. Outros dizem que o nome vem de “Mororó”, árvore resistente e flexível.
Os índios monxorós, primeiros habitantes da região, eram descendentes de índios cariris. Há quem os designassem como da família dos potiguares e até mesmo como tapuias.
A segunda maior cidade do Rio Grande do Norte também se chama Mossoró. Quer saber mais? Então, clique aqui.
Açu
Diferente da cidade, pelo menos no IBGE, a rua natalense é Açu, com c cedilha mesmo. A origem da palavra é Açu com cedilha mesmo, originária da palavra em tupi, no qual significa: Aldeia Grande.
Jundiaí
Quando pensamos no nome Jundiaí, eu lembro na cidade paulista. Entretanto, uma das ruas mais conhecida de Petrópolis e por abrigar a sede da Fundação José Augusto. O nome Jundiaí tem origem tupi e vem da palavra “jundiá”, que significa “bagre” e “y” significa “rio”. Alguns estudiosos também consideram o termo “yundiaí” como “alagadiços de muita folhagem e galhos secos”.
Aqui no Rio Grande do Norte temos uma cidade que se chama Jundiá.
Apodi
Apodi é palavra de origem indígena. Segundo os historiadores do assunto significa coisa firme. Altura unida, um planalto, uma chapada. Na região Oeste do Estado havia muitos índios na região, no qual falamos sobre a Guerra dos Bárbaros.
Maxaranguape
A última rua que mencionaremos é a Maxaranguape. É um nome bastante comum nos ouvidos dos potiguares, visto que está no nome de uma cidade e também de uma das praias mais famosas do Litoral Norte. Mas, o que significa?
É uma variação da palavra Maracajaú. Além disso, ignifica o rio dos maracajás, que é o sinônimo da palavra jaguatirica, conhecido pelo nome de gato do mato.
Ceará-Mirim
Eu também não sabia, mas pesquisando sobre as ruas potiguares, descobri que o nome Ceará-Mirim é indígena.
Primeiramente, a história da povoação do Ceará Mirim está ligada aos índios Potiguares que viviam às margens do rio Pequeno depois chamado rio Ceará Mirim, que de maneira clandestina comercializavam o pau-brasil com os franceses e os espanhóis. Ainda mais recebiam em troca especiarias e, por último com os portugueses, seus colonizadores.
A rua Ceará-Mirim fica uma das entradas do tradicional colégio Marista, clínicas de médicos da elite potiguar e ainda mais tem uma das unidades do Nordestão.
Deixe um comentário