Poucas pessoas conhecem o poeta Blackout, célebre primeiramente por recitar seus poemas de uma forma totalmente anárquica. Filho de Mãe Luiza, ele finalmente recebeu uma homenagem nas ruas do bairro, na escadaria do bairro com a orla de Areia Preta.
Blackout tinha, contudo, no registro o nome de Edgar Borges. Trabalhava como eletricista e pintor, enquanto no tempo livre divulgava seus poemas por dinheiro ou refeições no Café São Luiz, na Rua Princesa Isabel.
A arte da escadaria é do artista Erre Rodrigo. Confira a seguir:
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Sobre Blackout
A sua biografia é bastante difícil de contar, mas fica na memória dos grandes nomes da literatura potiguar. O pouco que sabemos é dele ter nascido no dia 16 de outubro de 1961. Além disso, estudou em um Colégio Interno do Governo do Estado e encaminhado ao Ginásio Agrícola de Currais Novos.
Sua vida era cheia de problemas. Muitas vezes estava entre as ruas e as noites passadas no Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado. Durante o tempo que ficou internado, o psiquiatra Franklin Capistrano, que também se dedica à literatura, o diagnosticou com hebefrenia, salvo uma perturbação psíquica que se desenvolve ao término da puberdade.
O seu primeiro livro contou com a ajuda da Cooperativa dos Jornalistas de Natal (COOJORNAT) e amigos chamado “Duas Cabeças”, numa edição bem simples. Além disso, participou da antologia “Geração Alternativa”, organizada por J. Medeiros. Também, publicou alguns poemas dispersos em jornais locais, todos completamente inéditos em livros.
Saiba mais sobre sua biografia no Brechando.
Esta não foi a primeira homenagem
Em 2018, os poetas Ayrton Alves e Victor H Azevedo lançaram por conseguinte a antologia Blackout, no qual reuniu 18 poetas da nova geração. É uma homenagem ao estilo de poemas que o Blackout já fazia. Os organizadores trabalharam na seleção dos nomes, na captação dos poemas e sobretudo na produção artesanal do livro, em edição cartonera. A intenção era torná-lo mais acessível ao público.
A antologia de 144 poemas contou com os seguintes poetas; Murilo Zatu, Olga Hawes, José Zapíski, Ana Mendes, Ian Itajaí, Gabrielle Dal Molin, Caroline Santos, Maíra Dal’Maz, Igor Barboà, Maluz, Ionara Souza, Pedro Lucas, Folha Joice, Jota Mombaça, Gessyka Santos, Ayrton Alves Badriyyah, Victor H Azevedo e Fulô.
Sobre o Graffiti em Mãe Luiza
A grafitagem na escadaria de Mãe Luiza é uma intervenção artística em mosaico e graffitis. Conta consequentemente com 20 artistas potiguares se revezam em horários e grupos. Está tudo dentro das orientações de distanciamento social e higiene na luta contra a Covid-19.
O projeto é da Prefeitura do Natal, através da Secretaria de Cultura (Secult-Funcarte).
O projeto da escada de Mãe Luiza conta, portanto, com produção de 133 espelhos dos degraus de 0,15m de altura por 4m de largura. Além disso, os dois arcos revestidos de mosaicos.
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