Ele não tem um metro de altura, anda com a ajuda de um controle remoto, sempre está com uma cara sorridente o tempo todo e chama a atenção de todo mundo. Esse é o robô Boli, uma das sensações da segunda edição da Campus Party. É um um robozinho feito de madeira e cortado em impressora a laser e tem uma agenda de artista, visto que andou por todos os lugares do evento e ainda participou de uma palestra.
O robô foi desenvolvido em 2017 em Recife (PE), a partir de uma parceria da Robo Livre com a empresa Hactus Criative, uma startup em criação de hardwares de baixo custo, troféus, réplicas personalizadas, entre outros. A Hactus é desenvolvida por Henri Coelho, que hoje atua como gestor de implantação de projetos e desenvolvimento, parceria com grandes empresas com visão social ao desenvolvimento de jovens sem acesso à tecnologia.
“O projeto para chegar até aqui demorou um pouco, porém ele ainda não está pronto, precisamos desenvolver um pouco mais. A intenção é deixá-lo todo em acrílico, com luzes e mexendo todas as suas articulações”, disse Gustavo Wanderley, que atua como mecatrônico em nível técnico e de formação pela instituição SENAI Pernambuco. Atua na Robolivre como guru no desenvolvimento de hardwares. Além disso, o mesmo é sócio criador da Kronna Automação CNC na cidade de Recife, especializada em hardwares e máquinas CNC.
De acordo com Wanderley, a intenção é fazer com que o robô “consiga interagir com as pessoas”. A ideia surgiu em transformar o mascote da Robo Livre em um robô de verdade, no qual a função inicial seria colocá-lo para andar, depois que veio as alterações para que ele seja do jeito que vimos no evento. “Hoje a estrutura de sua base é toda metálica, possui motores de vidro elétrico de carro, um receptor de um aeromodelo e a sua face é um tablet que foi programado para que simule um rosto feliz.”.
E, agora, quais são os próximos passos com o robô ? “Futuramente ele vai conversar com as pessoas, pegar objetos e será parecido com o Isaac, o primeiro robô do grupo César e participou de competições internacionais de robótica.”.
A Robo Livre foi criada em 2005, ajudando a desmistificar a ideia de que a tecnologia é algo inacessível e difícil de fazer. A empresa tem como missão mostrar que a robótica pode e deve ser desenvolvida por qualquer pessoa, independentemente de ter ou não formação na área. Para isso, a companhia atua em instituições a partir da implantação de laboratórios, formação de grupos de pesquisa em robótica e capacitação de profissionais.
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