Sempre tenho um pé atrás quando as pessoas superestimam bandas, principalmente o rock, estilo que está cada vez morno. Mas, com Haynna e os Verdes me fez quebrar a cara, apesar de primeiro álbum mostrar um som tímido, mas com potencial de se tornar algo maior, que traz um pouco dos anos 60 e 70, como “O Terno” de Tim Bernardes. A banda tem como vocalista a Haynna Jaciara, natural do Piauí e também conta com Rian Sodré (baixo), Jhonata Pikeno (bateria), Daniela Vieira (teclado) e Betinho Matuszewski (guitarra). O primeiro disco da banda foi lançado no ano passado e a assessoria de imprensa me fez escutar o disco para saber a nossa opinião.
O grupo, no entanto, é natural de Brasília e está em atividade desde 2016.
A primeira faixa do disco se chama “Louca”, contendo um ritmo envolvente e muita psicodelia, a voz de Haynna é forte, bonita e com um sotaque carregadíssimo, gostoso de escutar.
As faixas a seguir trazem um releitura do que seria a Jovem Guarda, o estilo é notado não só nas frases diretas de Haynna, mas também no instrumental, porém, livre do pudor de passear também pelas ondas bregas da nossa música. Assim como qualquer banda de rock, as canções no estilo balada estão presente, como “No Canto”, “Pão de Lu/Insônia” (que tem clipe no You Tube e “Love Songs”. É um misto de nostalgia mas com contemporaneidade. Psicodelia com blues. Jovem Guarda com Tropicália.
O disco é cheio de frases marcantes, alongadas, e que o ouvinte facilmente possa se identificar.
São dez faixas que agradam todos os ouvidos que presam pelo gênero. Se você é roqueiro, escute e se revigore. Haynna e os Verdes podem ser um passeio psicodélico que fazem pelo nosso tempo; resgatando o que de melhor existe em suas influências com poesia inteligente e a importante mensagem do amor, da atitude e do respeito. As
impressões que ficam? Bom… É novo, é antigo, é contemporâneo, subversivo, nostálgico e atual.
Para ouvir o álbum completo é só clicar neste link.
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