A Justiça de São Paulo rejeitou queixa-crime ajuizada pelo empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo e e herdeiro da Guararapes, contra Guilherme Boulos (PSOL-SP) por injúria e calúnia. Os dois eram pré-candidatos à Presidência quando o líder dos sem-teto postou no Twitter que Rocha dizia querer salvar os pobres da miséria e seria, por isso, “um tremendo hipócrita, cuja empresa foi condenada por trabalho escravo” em referência à ação do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT) referente à denúncia de trabalho escravo no ano de 2017 e em 2016 teve que indenizar uma das costureiras que era obrigada a fazer mais de mil bainhas de calça por dia.
A Guararapes é uma empresa de confecções potiguar criada pelo pai de Flávio Rocha, Neval, em meados da década de 40 e hoje é uma das mais importantes da América Latina, fazendo com que o progenitor de Flávio seja o homem mais rico do Rio Grande do Norte. As roupas da Riachuelo são todas fabricadas na Guararapes.
O Nexo Jornal também falou desse processo mencionado pelo político do PSOL.
O Ministério Público de São Paulo recomendou a rejeição da queixa-crime. A juíza considerou que “não é aceitável excesso de suscetibilidade de quem deseja concorrer a cargo com exposição política e pública”.
A assessoria de Flávio Rocha diz que, “ao contrário do que afirmou à época Guilherme Boulos, a Riachuelo jamais foi indiciada, citada e muito menos condenada por trabalho escravo”. O advogado Nelson Wilians diz que vai recorrer para que a Justiça reconheça que houve calunia e difamação. Já o Guilherme Boulos comentou do resultado da ação em uma postagem publicada em seu perfil no Instagram, dizendo: “O promotor deu uma aula sobre o significado de hipocrisia e concluiu que neste caso “há pertinência no uso da palavra”. A juíza aceitou e mandou arquivar. Pois é, Flavio, aceita que dói menos.”.
A postagem completa pode ser vista a seguir:
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