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A gente não tem o guaraná Dolly, mas o Dore

Muitos têm “vergonha” de falar que gosta de guaranás mais baratos do que os tradicionais, ficam tirando sarro desses produtos, mas esquecem que os mesmos tiveram uma luta por trás para ficarem famosos. No Rio Grande do Norte, nós temos um guaraná que fica na cidade de Parnamirim: o Dore. Quem nunca o comprou por…

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Muitos têm “vergonha” de falar que gosta de guaranás mais baratos do que os tradicionais, ficam tirando sarro desses produtos, mas esquecem que os mesmos tiveram uma luta por trás para ficarem famosos. No Rio Grande do Norte, nós temos um guaraná que fica na cidade de Parnamirim: o Dore. Quem nunca o comprou por ser mais barato?

053b3d28896515.55dc8ded7ea02Já presenciei em vários aniversários de parentes e amigos usando este guaraná que está há mais de 100 anos em atividade (mas, já?). Alguns pensam que o guaraná Dore é genuinamente potiguar, mas ele nasceu na Paraíba.

Uma das curiosidades é que foi a Dore a primeira fábrica de refrigerantes instalada no Nordeste brasileiro. Sabia que a Grapette e Dore são fabricadas no mesmo local? Quem pede sempre repete.

A Dore foi fundada por um engenheiro inglês chamado Sidney Clement Dore, em 1911, na cidade de João Pessoa. Surgiu antes da Coca-Cola chegar ao Brasil. As garrafas para colocar os produtos eram importadas da Europa.

Na época a empresa, a Anglo Brasileira de Águas Gasosas, era pequena, mas produziam os refris nos mesmos moldes em que se era fabricado um na Inglaterra. Atendia apenas a capital paraibana, cidades circunvizinhas e interior do estado.  Era filho de um ta­be­lião e de uma do­na de ca­sa na Inglaterra, Sidney nas­ceu em Londres, formou-se em en­ge­nha­ria e che­gou as terras tupiniquins com 25 anos de idade.

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Em 1917 foi fundada a segunda fábrica de bebidas gasosas em Natal, situada na Rua Frei Miguelinho, no bairro da Ribeira. Como não encontrou, por aqui, um mercado promissor, a unidade foi fechada

Na década de 50, os filhos de Sidney tomaram a frente do negócio familiar, conjugando esforços em favor da manutenção da empresa. Então, a fábrica do Rio Grande do Norte passou a ser filial da matriz. Ou seja, eles voltaram a acreditar no Rio Grande do Norte.

Novas ampliações e mudanças foram implementadas desde então, principalmente na matriz paraibana, onde novo conjunto de equipamentos alemães foram importados para a expansão da divisão de refrigerantes.

Atualmente, a principal fábrica da Dore é aquela localizada no estado potiguar.

Hoje, a empresa tem mais de 200 empregados e apesar das pessoas “mangarem” dos guaranás e conseguir sobreviver à luta dos produtos gringos, eles ainda estão na ativa. Atualmente a empresa é administrada por netos e trisnetos do Sidney Dore.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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