Hoje é o dia do amigo, marcado no 20 de julho. E vamos relembrar do Trio Ternura da penitenciária João Chaves, o encontro de três presidiários que viraram figurinhas carimbadas em programas policiais. Os três mataram vários detentos no Complexo Penal João Chaves, localizado na zona Norte, ou chamado “carinhosamente” de Caldeirão do Diabo. Seus nomes eram Paulo Nicácio da Silva, conhecido como “Paulo Queixada”, Vlademir Alex Mendes de Oliveira, “Demir”, e Ivanaldo Félix da Silva, o Naldinho do Mereto.
Além disso, nós vamos apresentar vídeos de algumas brigas desta amizade que terminou em tragédia.
Como se conheceram
Queixada lhes conheceu quando foi preso em 1983 após matar um médico e uma enfermeira no estacionamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), chegando a estuprar a vítima e colocar fogos nos corpos. Então, ele foi conduzido para a então Penitenciária Doutor João Chaves, que era a maior do estado naquela época. Lá, o Queixada conheceu Demir e Naldinho, formando assim o trio que fazia medo na cidade, principalmente as crianças.
A falta de controle da vida dentro da penitenciária João Chaves fez com que os presos, literalmente, matassem uns aos outros.
A Penitenciária Central Doutor João Chaves começou a ser construída em 1953. Porém, a obra só foi finalizada em 1968, no governo do Monsenhor Walfredo Gurgel. Em 2006, a penitenciária foi derrubada, dando lugar ao Complexo Cultural da Zona Norte.
Queixada, o perigo do Caldeirão do Diabo
Já dentro do “Caldeirão do Diabo”, Queixada ganhou o status de líder da cadeira. A condição foi ganha com a morte de 13 detentos ao longo dos anos. A liderança tinha a divisão de Demir e Naldinho do Mereto, que retirava os olhos das vítimas para que elas não pudessem “reconhecer ele no inferno”. Alguns dizem que o grupo teria até feito pactos demoníacos, segundo aqueles que conheceram o Trio Ternura de João Chaves.
Mas, a sobrevivência de ficar vivo em uma cadeia fez a amizade se romper, no qual os três alegaram traição de ambas as partes. Os primeiros desentendimentos foram com Demir e Queixada, que culminou na morte do segundo no ano de 1995.
“Não senti verdadeira amizade”, dizia o Demir ao justificar o assassinato.
Mas a primeira morte aconteceu foi com Naldinho do Mereto, morto por outros presidiários, como o Galegal, também conhecido nas crônicas policiais.
O último que morreu foi o Demir por um preso conhecido por Chocolate, que o assassinou a facadas.
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