O envelhecimento populacional e aumento de longevidade trazem reais impactos aos custos dos planos de saúde. Os resultados apontam que o processo de envelhecimento populacional acontece de forma mais acentuada na população de beneficiários de planos individuais/familiares de assistência médica. Esses dados foram feitos por um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ou seja, quem adere ao Sistema Único de Saúde (SUS) está procurando menos assistência médica que os pagantes.
Descobriu, no entanto, que a expectativa das internações de homens em planos individuais/familiares pode aumentar quase 79%. Já entre as mulheres, esse valor deve aumentar em mais de 89%. O estudo foi publicado em janeiro deste ano pela professora da UFRN Luana Myrrha, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (DDCA), vinculada ao Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET), pelo consultor atuarial Lucilvo Borba Filho e por Pamila Siviero da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O que é transição demográfica?
Para quem não sabe, transição demográfica é o termo usado para indicar a redução nos níveis de mortalidade e fecundidade. Além disso, mostra os avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores. Em primeiro lugar, explica porque a população mundial disparou nos últimos 200 anos.
Impactos do envelhecimento nas melhores
A investigação também viu que as mulheres utilizam mais os serviços ofertados pelos planos de saúde e isso tende a aumentar ainda mais os custos com elas. Essa maior utilização do serviço pelas mulheres corrobora os achados de pesquisas que apontam que as mulheres tendem a cuidar mais da própria saúde, ao passo que os homens apresentam comportamentos mais arriscados.
Quanto mais procura pelos médicos, mais caro ficará a cobertura do Plano de Saúde. É a lei da oferta e procura nos idosos.
Já começa antes dos 60 anos
Em relação aos impactos da longevidade, constatou-se que os maiores gastos esperados de usuários com mais de 59 anos de idade. Além disso, este gasto acontece mais em mulheres. Além disso, os resultados revelaram que o custo esperado em média por cada beneficiário feminino com 60 anos até o fim da vida é superior aos valores observados para os homens. Isto acontece tanto em planos individuais/familiares quanto em planos coletivos. Diante disso, um dos pontos levantados pela pesquisa é que as operadoras de saúde precisam repensar as políticas de cuidados preventivos, pois viver mais nem sempre significa viver melhor.
Examinando as consequências do envelhecimento populacional e dos ganhos em longevidade, diferenciados por sexo, nos custos assistenciais das operadoras de planos de saúde, a pesquisa utilizou o modelo de padronização, entre 2016 e 2045, variando apenas a estrutura etária populacional para chegar aos resultados.
Para obter esses resultados, os pesquisadores utilizaram como fonte de dados principal a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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