No primeiro semestre deste ano, o conjunto Ponta Negra recebeu um novo centro cultural, o Embarco, que fica próximo da tradicional Rua do Salsa. Além de eventos e festas, o espaço também fornece área para pequenas empresas de economia criativa, sendo uma delas a Oiti.
O nome é uma homenagem para árvore de mesmo nome e frutífera. O Oiti, também chamado goiti, oiti-da-praia, guaili, oiti cagão, oiti mirim, oitizeiro, tendo como sinônimo Licania tomentosa, é uma árvore perenifólia brasileira. A intenção é fazer com que as meninas que formam o estúdio de tatuagem cresçam e mostram as suas artes.
O objetivo principal é mostrar que cada uma tem o seu próprio estilo. Para divulgar o seu trabalho, as meninas realizaram um flash day no último domingo (5) durante uma festa no Embarco Cultural, no qual cada uma das tatuadoras divulgavam desenhos prontos e os seus respectivos preços. Só tatuar e pronto.
As tatuadoras eram Vitória, Karine, Jucieli e Ana Clara, no qual resolvi tatuar e é uma amiga que está começando na carreira de tatuadora e tem desenhos irados. Foi ela quem me acompanhou quando tatuei com a Malfeitona.
Ana Clara Monteiro
Ana Clara Monteiro tem 30 anos e é natural de Caicó. Se mudou para Natal com o objetivo inicial de estudar enfermagem e o seu passatempo, no entanto, era desenhar. O que era para ser hobby virou profissão, onde pessoas encomendavam as suas artes para ilustrar, expor e, por fim, veio a tatuagem, no qual concilia com seu emprego na saúde pública.
Ela sempre trabalhou em estúdios com participação feminina e está na Oiti. Já em Caicó, ela está neste estúdio.
Tatuagem tranquila, ambiente limpo e delicadeza
Antes de fazer minha tatuagem, eu acompanhei primeiramente a Ana fazer em uma outra pessoa, a Weyda, que se demonstrava feliz por casa agulhada que recebia. A tatuadora sempre perguntava se estava bem com a sua cliente e explicava o que iria fazer. Enquanto isso, eu tirava essas fotos aqui.
A tatuagem demorou cerca de duas horas e o resultado ficou bonito. Além disso, depois, veio a minha e escolhi um pássaro de asas abertas. Inicialmente, não sabia aonde colocar. Mas pensara: “Tudo que é arte é para se tatuar.”.
Então, a Clara sugeriu que a tatuagem ficasse no pulso, uma vez que era próximo de uma outra tatuagem. Como resultado, criou uma conexão entre os desenhos. Após arrumar a sala novamente, ela me chamou para colocar o bracinho para fora e, por fim, começar os trabalhos. Enquanto isso, as outras meninas também trabalhavam, fazendo que com que o ambiente ficasse mais leve e seguindo o legado de que fazer uma tatuagem é terapia.
Tem uma foto bem bonitinha que Raphael, o namorado dela me enviou da gente durante o processo.
A festa acabou, mas as tatuagens ainda continuaram e após algumas horinhas a tatuagem ficou pronta e lindíssima. O resultado final pode ser conferido a seguir.
No momento que escrevo este post, ela começou entrar na fase de cicatrização, veja a imagem a seguir.
Para seguir o trabalho de Clara e suas aventuras como tatuadora clique aqui.
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