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Cospobre, um desfile de cosplay literalmente improvisado em Natal

Cospobre Natal

Um dos desafios do Rupaul’s Drag Race é fazer primeiramente com que as drag queens se arrumem por 20 minutos pela primeira fantasia que vê pela frente. E elas conseguem transformar saco de lixo em vestidos. Se as queens conseguem, imagina quem quer fazer cosplay. Hoje, não vamos falar de glamour e sim de improviso…

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Um dos desafios do Rupaul’s Drag Race é fazer primeiramente com que as drag queens se arrumem por 20 minutos pela primeira fantasia que vê pela frente. E elas conseguem transformar saco de lixo em vestidos. Se as queens conseguem, imagina quem quer fazer cosplay. Hoje, não vamos falar de glamour e sim de improviso do modo raiz, o cospobre. E, diferente, daquele cara que tenta te seduzir com uma cueca de Naruto, os participantes não ficam tão vergonha alheia.

Se o Cosplay é o ato de fantasiar e eventualmente interpretar o personagem, o cospobre pega os materiais mais improváveis e transformam em arte. Antes, o cospobre era visto como piada em eventos de cultura pop, hoje tem um espaço para competição. Além disso, o Parque das Dunas de Natal presenciou pela primeira vez uma competição deste porte, durante o evento da Feira de Livros e Quadrinhos (Fliq).

Durante o concurso, o participante poderá entrar, caminhar e sair interpretando o personagem, na maneira de agir e andar, fazendo gestos e poses referentes a ele, sendo que de material improvisado. Podia participar do modo desfile ou tradicional, que é fazer uma apresentação teatral. Este foi o primeiro evento nerd que aconteceu presencialmente, uma vez que ainda estamos na pandemia do Covid-19. Apesar da aglomeração, os nerds estavam todos mascarados, com celular louco para filmar cada passo.

E os natalenses foram

Era comum ouvir diálogos bem nerd natalense, como:

“Aquela boyzinha é cosplay, nada de cospobre”
“Está bem cospobre mesmo, a peruca é de papel”
“Povo doido da bixiga”

Entrevistando os participantes e frequentadores

Sim, teve gente que literalmente dedicou de corpo e alma para se apresentar. Este foi o caso de Bosco Santos, que se transformou, por um dia, de Yugi (Yu Gi Oh!), no qual utilizou folhas de caderno para fazer a sua fantasia e causou a alegria dos jovens ao desfilar com as cartinhas do jogo nas mãos.

“Fazia em casa brincando, pegando uma roupa velha negócio. Ainda mais o cospobre é mais acessível, não precisa ficar tudo bem. Não dá trabalho para arrumar uma peruca. Aí eu fui e peguei o que dá para reciclar em casa”, disse o Santos.

E tinha famoso natalense também adorando, mesmo tentando ser discreta, a apresentadora Priscilla Freire mostrou ao Brechando que tem um pé na cultura nerd, apesar de ser conhecida pela cobertura de micaretas. “Não foi por acaso a gente tava passeando e descobri o concurso. Na verdade fui a Fliq para comprar quadrinhos. E aí quando a gente viu, estava rolando concurso de cospobre. Estou amando, já postei tudo”, disse Freire, que também é digital influencer.

Cospobre Natal
Bosco Santos e seu cosplay de Yugi

 

Cospobre em Natal? Nem tanto…

Já Andy Lizandra resolveu usar o concurso para praticar as próximas competições de cosplay, no qual fez a versão feminina de Sasuke de Naruto. “Descobri que iria rolar esse concurso, já faço cosplay há algum tempo. Mas, como não tinha exigência e tempo para fazer uma superprodução, resolvi improvisar na montagem do personagem, que demorou três dias”, disse a jovem com uma longa peruca preta, lentes azuis e cílios de boneca.

A jovem Emilly Amanda resolveu participar. “Gosto muito da cultura nerd e soube pela página do Parque das Dunas que iria ter o concurso de Cospobre. Nossa, estou amando e tem alguns que nem deveriam ser considerados cospobre. Demorei um dia para fazer e está dando certo”, que também admitiu que estava com coragem de participar de um concurso de cosplay.

Ganhava prêmio do concurso de Cospobre em Natal

Cospobre Natal
Nerds empolgados

O concurso não era por acaso, uma vez que os primeiros colocados ganhariam prêmio em dinheiro, sendo o vencedor com R$ 200, no qual os jurados decidiriam a partir dos seguintes requisitos: fidelidade, criatividade e desenvolvimento no parque.

E, aí, você toparia em participar de um concurso de cospobre? Deixe aqui, portanto, o seu comentário.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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