Escutando discos antigos de metal potiguar, relembrei de algo que precisa ser compartilhado por aqui. Nos primórdios do Brechando, procurava coisas diferentes de Natal. Então, procurando as redes sociais, eu descobri a Faster Pizza, que todo mundo dizia que era gostoso. Me interessei, porque, tirando a Reis Magos, só tinha a Faster de pizzaria no Centro de Natal. Hoje, só tem o Brasas. Mas, o fato que chamou atenção não foi esse: Eles tocavam Metal! Para quem não sabe, eu sou uma garota que escuta heavy metal, começou com amigos meus do rock mostrando um Iron Maiden ali, o Black Sabbath dali e do nada já estava sabendo as músicas, usar olho preto e comprar roupas maneiras. Embora, eu coloque música pop na minha playlist, ainda balanço uma cabecinha.
Entrar e ouvir os guturais naquele dia foi abrir o horizonte e resgatar a Larinha Adolescente. Há seis anos, os metaleiros estavam dispostos a andar na Rua Princesa Isabel no escuro para escutar heavy metal e eram poucos espaços da cidade são destinados para o público. E, a coincidência, era que fazia 1 ano do estabelecimento, no qual não existe mais há algum tempo.
Na época, o meu “motorista e segurança” era meu ex-namorado que sofreu em minhas mãos, uma vez que ele odiava heavy metal e preferia uma noite mais tranquila, com jogatinas. Mas, no final, a reportagem saiu e por muito tempo foi uma das mais lidas do site.
A primeira vista foi fácil de encontrar, porque na calçada só tinha cabeludo, roupa preta, coturno e cerveja. Eles estavam tranquilos, felizes e chacoalhando a cabeça ao som de uma banda recifense de metal extremo que estava saindo da Faster Pizza. Aqui estão algumas fotos que tirei daquela época.
E a pizza?
A estrutura da casa, que lembra de muitas casas de avós, não tinha muitas reformas, porém a organização a conseguiu deixar bem underground com os grafites e um quadro negro gigante para anotar os pensamentos dos clientes. Se o espaço fosse maior, dava para colocar uma mesa de sinuca bacana. É o único restaurante que funcionava naquele horário no meio da parte residencial da Rua Princesa Isabel.
As pizzas são baratas e tem todos os tipos de sabores. A minha custou, em média, 25 reais. O que foi massa foi o show.
Não podemos terminar o texto falando de como era o show. A apresentação da banda acontecia no fundo da casa, um espaço minúsculo e escuro, mas que dava para fazer uma boa roda de polga, todos disputando para ver e ouvir a banda. A galera estava até animada, balançando muito a cabeça e tinha vários curiosos assim como eu, que estava fotografando todos os detalhes da pizzaria mais underground da cidade.
Era uma banda saindo e outra chegando com os seus materiais, tudo isso feito em uma questão de minutos. Alguns chegavam até guardar o material em um quarto que fica perto do balcão. E é isso a descrição da pizzaria Faster, a mais underground da cidade. Alguém tem saudades? Eles tentaram colocar uma unidade em uma praia no veraneio, mas não obteve sucesso.
Para ler o relato da minha visita é só clicar aqui.
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