Este moço da foto abaixo é primeiramente o Hilton Acioli.
Hilton Acioli nasceu na cidade de Nísia Floresta, no dia 04 de outubro de 1939. Embora tenha crescido nas terras potiguares, ele resolveu mudar para São Paulo em 1956 com objetivo de cursar a universidade. Formou em Geografia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por falar em universidade, foi lá que iniciou a sua carreira artística.
Começou com o integrante do Trio Marayá. Com este, ficou em primeiro lugar no Terceiro Festival Universitário da Música Popular Brasileira, com a música “Pra quê lagoa, se eu não tenho canoa”.
Em 1968, compôs com Geraldo Vandré as canções “Ventania”, “O Plantador”, “João e Maria” e “Guerrilheira”, todas gravadas por Vandré no álbum Canto geral. Nesse mesmo ano, fez acompanhamento instrumental para Vandré nas músicas “Companheira” e “Terra plana”, gravadas no álbum Momento universitário volume II.
Em 1979, fez os arranjos e regências para o álbum Eterno como areia, de Diana Pequeno. Além disso, teve algumas de suas canções gravadas por Rolando Boldrin e Maria Odete.
Paralelamente, ele também foi professor de violão por 15 anos do Espaço Musical Ricardo Breim. Quem gosta de campanha eleitoral, independente de que lado, conhece primeiramente essas estrofes:
Lula lá, brilha uma estrela Lula lá, cresce a esperança Lula lá, o Brasil criança Na alegria de se abraçar Lula lá, com sinceridade Lula lá, com toda certeza Pra você meu primeiro voto Pra fazer brilhar nossa estrela
Sabia que foi Hilton quem compôs? Para quem não sabe, este foi o jingle da primeira campanha eleitoral de Lula em 1989, no qual perdeu para Fernando Collor. Embora saibamos o que aconteceu com a gestão de Collor, a música de campanha, após 32 anos, ainda gruda na cabeça como ninguém.
História da música Lula-lá
O potiguar Hilton Acioli já era um compositor conhecido e morava há anos em São Paulo. Seus primeiros jingles de sucesso foram com candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ele, no entanto, que ajudou a compor os jingles de Luiza Erudina e Celso Daniel, que saíram vitoriosos como prefeitos de São Paulo e Santo André, respectivamente.
Quando chegou o ano de 1989, o publicitário Paulo Tarso Santos deu a missão de criar o jingle para o então candidato à presidência. A ideia de Santos tinha como a finalidade em brincar com o nome do candidato. Acioli não gostou da ideia e anotou “o Lula-lá por educação”. A primeira tentativa foi criar um samba-exaltação, mas resolveu fazer outra canção.
Acioli, todavia, apresentou as duas canções para o PT, que escolheu a última e reservou o samba para ser usado em outros momentos. De acordo com o jornalista Ricardo Kotscho, os dirigentes petistas tinham muita resistência à este jingle do Lula, que só acabou sendo aprovada por insistência do próprio então candidato.
Hilton Acioli compôs a canção de graça para a campanha petista, mas, graças à enorme repercussão do jingle do Lula, acabou sendo convidado por vários outros políticos e até hoje é um dos mais lembrados quando falamos de campanha política. A canção apareceu no CD O som da estrela do PT, junto com outras nove também de sua autoria.
Escute a música completa a seguir:
Lula veio para Natal esta semana e reencontrou o autor do jingle
O ex-presidente Lula (PT) se emocionou e não segurou as lágrimas, nesta terça-feira (24), ao reencontrar, durante evento político em Natal (RN), o compositor Hilton Acioli, autor do famoso jingle “Lula lá” que marcou a campanha do ex-presidente na eleição de 1989. “Se vocês começam a brincar de mexer com as minhas emoções é possível que vocês não tenham candidato. Queria comprimentar todos os companheiros. Eu, sinceramente, não esperava a surpresa de ter aqui Hilton Acioli. Não sei se vocês sabem, essa música…”, disse o petista, já com a voz embargada, antes de começar a chorar, reproduzindo a reportagem da Revista Fórum.
https://www.youtube.com/watch?v=jnBgHpyhg6o
Lula está desde a última semana em uma caravana pelo Nordeste para reuniões políticas. Além disso, ele já passou por Pernambuco, Piauí, Maranhão, Ceará e Bahia. O objetivo é construir possíveis alianças políticas para o ano de 2022. Essa caravana só aconteceu após o ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Edson Fachin, anulou as penas do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, no qual permitiria que ele fosse, portanto, candidato novamente.
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