Os jornais do “A República” são utilizados pelos historiadores como uma grande fonte de pesquisa, uma vez que retratam a Natal e o RN do século XX. Entretanto, pouca gente sabe dos inúmeros jornalistas que trabalharam lá e até hoje são estudados. O Brechando achou alguns nomes potiguares que trabalharam na direção do periódicos e todos os detalhes serão, portanto, conferidos a seguir.
O fundador da publicação, por exemplo, Pedro Velho ficou no comando por 20 anos, entre 1889 até 1907, quando morreu. Depois, veio Sérgio Barreto, no qual o irmão de Pedro, Alberto Maranhão, ficou em seu lugar entre os anos de 1909-1913.
Depois vieram de diretores do A República: Eloy de Souza (1914-1923), que futuramente se tornou nome da Faculdade de Jornalismo, Manuel Dantas (1923-1924), Dioclécio Dantas (1925-1927), Christovam Dantas (1928-1929) e, por fim, Raposo Câmara (1930).
Neste período, os diretores orientavam a pauta, selecionavam os colaboradores e também faziam a revisão necessária para que não houvesse conflitos de interesse. Sem contar que os diretores, na época, ganhavam 450 mil contos de réis.
Vale lembrar que em 1930, com o governo de Getúlio Vargas, os comandos do estado e das cidades eram a partir de interventores de confiança do presidente.
Sobre o Jornal A República
O jornal A República, como nome já diz, tinha como finalidade de divulgar as ideias republicanas, que acabava de surgir nas terras brasileiras. O seu fundador foi o governador Pedro Velho, que foi um dos diretores do A República, e não tinha uma publicação regular.
Já existia um no Rio Grande do Norte, intitulado de “O Mossoroense”, que existe até hoje e é o terceiro jornal mais antigo do país. “A República” acompanhou grandes momentos da história brasileira, as mudanças de hábitos da sociedade potiguar e também formou diversos jornalistas da cidade.
Tanto que os jornais do “A República” são base de estudo dos historiadores. O jornal republicano tornou-se mais tarde um meio de divulgação dos atos do governo e o órgão oficial do estado no ano de 1928.
O periódico funcionava no bairro da Ribeira. A sua sede, atualmente, funciona o Museu da Imprensa do Rio Grande do Norte, onde possui diversas máquinas utilizadas nos primórdios do jornalismo impresso em Natal. Ainda mais publica as edições do Diário Oficial do Estado (DOE).
Em 1987, o governador Geraldo Melo determinou o fim do jornal diante das críticas que o órgão servia apenas como veículo de propaganda.
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