A Família Pádua está algum tempo na Europa, no qual estão divulgando o chorinho pelo Velho Mundo. Mas, com a volta dos festivais europeus, eles estão voltando a tocar eventualmente em eventos presenciais, uma vez que haverá a primeira edição do Wiener Choro Festival.
O integrante Antônio de Pádua participará de shows e workshops que acontecerão em Viena (Áustria) entre os dias 25 a 27 de junho. Ele é um dos fundadores do Wierner Choro Clube, um grupo de amantes do chorinho brasileiro na terra do Arnold Schwazenegger.
Em 2012, junto com sua esposa, a percussionista Roberta Karin e o filho formou a Família Pádua. Um dos trabalhos produzidos pela formação foi o show instrumental “Choro em Família”, que explorava a diversidade rítmica brasileira, interpretando canções autorais e clássicos do chorinho de grandes compositores nacionais, como K-Ximbinho, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Waldir Azevêdo, entre outros.
Além disso, os shows serão no bar Fanialive, que fica na parte boêmia da capital austríaca. Se você mora na Europa e quer saber mais (temos leitores europeus), clique, portanto, aqui.
Confira, portanto, o teaser do festival a seguir:
Evento tem a mesma organização do Lille Choro Festival
Além de Pádua, um dos membros da organização é o Étienne Clémment, organizador de festival de chorinho na França. Em 2019 aconteceu Lille Choro Festival, levando os principais artistas do chorinho brasileiro para o norte de França. Mais precisamente na cidade de Lille. Lá teve a presença dos potiguares da Família Pádua, além de Raul de Souza, Nonato Lima e Jorge Cardoso. Além de rodas de choro, também teve palestras e mesas redondas que discutiam um pouco deste gênero musical genuinamente brasileiro, porém com algumas inspirações europeias. Assim trazendo uma identificação com os franceses com as canções que deixaram mestres, como Pixinguinha, famosos.
Destes franceses que se identificaram com o Choro está o Étienne Clément, um dos fundadores do Lille Choro Festival junto com os músicos brasileiros Rosivaldo Cordeiro, Osman Martins e Roberto de Oliveira, sendo que os três juntos formam o Trio Caldo de Cana; fazendo concerto por toda a Europa.
Clément comentou que sua paixão pelo Chorinho aconteceu, no entanto, pela primeira vez em Natal. “Um amigo meu chamado Lucas me levou para o Buraco da Catita, na Ribeira, para um show de Choro e escutei as primeiras notas de choro, sem saber que algum dia trabalharia com essa música na Europa, na França”, relembrou o francês em entrevista ao Brechando.
Assim sem o Buraco da Catita, Étienne não teria conhecido o Choro e começado a estudar o assunto, ainda mais conhecer os artistas que trabalham com o estilo.
Choro está no seu cotidiano
“Hoje escuto Choro todos os dias pelo fato de ser uma música muito rica e os compositores deixaram um legado importante. Portanto, eu tento tanto procurar a História do Choro, incluindo os grandes compositores que morreram algum tempo, como também os compositores atuais de cada cidade do país. Eu acredito que cada estado brasileiro tem o seu sotaque, a sua língua e a maneira de tocar. A forma que um potiguar toca não é a mesma que um cearense. Quero entender a contemporaneidade do choro e como os músicos deixam este legado e tradição”, finalizou.
A gente já fez uma entrevista com Étienne para o Brechando em 2019, clique, portanto, aqui para ler.
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