Em um acordo feito pelo Governo do Estado, numa videoconferência realizada na sexta-feira (3), as indústrias Hering e Guararapes produzirão sete milhões de máscaras para a população. Para dar conta do volume de produção, serão acionadas as 78 oficinas de costura que fazem parte do programa Pró-sertão. Cada unidade fabril irá produzir 8.400 peças por dia. Diferente do modelo N95 de TNT, utilizadas por profissionais da saúde, as máscaras produzidas pelas oficinas serão feitas de malha, seguindo orientações do próprio Ministério da Saúde e serão destinadas à população em geral.
O objetivo é dar maior agilidade na produção e o melhor aproveitamento de materiais disponíveis no mercado que podem ser destinados a pessoas que não trabalham no setor. Com isso, o Estado garante que as máscaras homologadas pela Anvisa (N95) , já em circulação, cheguem aos médicos e enfermeiros, expostos a uma carga viral bem maior, e ao mesmo tempo fornece uma opção viável para a população.
Além disso, as máscaras podem ser higienizadas e reaproveitadas pelos usuários. A Guararapes já estava produzindo 200 mil peças em TNT para doação aos profissionais de saúde, uma vez que seguem as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas).
Os empresários decidiram de forma unânime produzir os itens de malha a preço de custo. Os itens serão adquiridos pelo Governo do Estado e disponibilizados gratuitamente à população.
A Heing foi fundada pelos irmãos alemães Bruno e Hermann Hering em 1880, na cidade de Blumenau (SC), a Cia. Hering é uma das mais antigas companhias brasileiras ainda em atividade, que uma de suas fábricas estão localizadas na cidade de Parnamirim. Já a Guararapes é uma confecção criada na segunda metade do século XX por Nevaldo Rocha e é considerada uma das maiores empresas do Rio Grande do Norte.
No entanto não foi divulgado quando as máscaras serão entregues para população e muito menos como será feita a distribuição. Atualmente, o Rio Grande do Norte tem mais de 200 casos confirmados do novo Coronavírus e mais de 2 mil suspeitos. Foi no estado que teve a morte do mais jovem brasileiro portador do Covid-19, que foi Matheus Aciole, de 23 anos, que atuava como gastrólogo na capital potiguar.
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