A gente falou que o prédio do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Decom/UFRN) tem uma bicicleta Caloi, que, segundo os alunos está há muito tempo pendurada na grade próxima da arquibancada. Este é um dos milhares de mistérios existentes naquela região. Chuva ou sol, ela está lá presente e a corrente que a segura lá nunca foi arrombada. Ou seja, nem o ladrão quer a bicicleta. Mas, o Brechando descobriu que a bicleta tem dono e pertence ao Helderson Mendes, que era estudante de jornalismo.
Em uma thread no Twitter, ele contou a sua versão, após a matéria sobre o mistério da bicicleta no Labcom ter sido viralizado.
Por que abandonar uma simples bicicleta? Não era mais fácil vender na OLX? Perguntar no Facebook se alguém queria ? Mas, segundo Helderson, a bike não foi abandonada e por uma ironia do destino quis que a mesma ficasse por lá. E vamos contar a sua versão a seguir.
“Ao fim do segundo semestre as coisas mudam um pouco e se ainda tiver paciência para tomar uma breja com alguém da sua turma, vá enquanto pode. Assim eu fiz na última sexta do meu segundo semestre de jornalismo. Do bar eu deveria correr e arrumar a mala da viagem de dois meses para casa, em Fortaleza, que eu faria na mesma noite. Mais atrasado e bêbado do que eu esperava, esqueci minha bike no lugar onde eu a deixava todos os dias desde o começo do curso (quando a aula não era no setor II). Não me agradava a ideia de deixá-la por tanto tempo debaixo de sol e chuva, mas não houve jeito. Na volta, depois do carnaval, a chave da tranca já tinha sumido e, além de precisar de dinheiro para os consertos dos estragos feitos pela solidão da coitada”,
A bicicleta Caloi está lá, com as marchas enferrujando, o pneu traseiro caindo e a câmara exposta. Literalmente, caindo aos pedaços. Só tem 1 pedal intacto, com uma reforma, portanto, pode ficar novinha em folha ou torna-se dois monociclos ou uma cadeira de rodas. De acordo com o dono da magrela, ele espera até hoje um dinheiro para poder ter a bicicleta de volta e para fazer os seus reparos.
Agora uma lenda dos corredores da universidade chega ao seu fim.
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