O direito ao lar está dentro da Constituição e no entanto algumas famílias ainda encontram residências. Mas que tal colocar esses sem tetos em casas abandonadas? Em novembro, a Prefeitura de João Pessoa transformou casas do Centro Histórico e revitalizou para servir como moradias. Na Villa Sanhauá, músicos, artistas plásticos, fotógrafos, designers e outros profissionais ligados à economia criativa se preparam para mudar de endereço, trazendo vida nova para a região onde a cidade nasceu. A revitalização dos casarões, esperada há mais de 14 anos pela população, integra um conjunto de obras e ações desenvolvidas pela Prefeitura de João Pessoa que estão mudando o perfil do Centro Histórico.
O projeto foi orçado em aproximadamente R$ 4 milhões, com recursos próprios da administração municipal. Confira como ficou a vila a seguir:
No primeiro piso dos oito casarões, além de cinco habitações, irão funcionar a Casa do Samba JP, comandada pelo sambista Preto Netto, o restaurante Vila do Porto, duas galerias de artes, um estúdio fotográfico e o Grupo Cultural de Maracatu Pé de Elefante.
No segundo, estão instaladas as 12 unidades residenciais, de onde poderão surgir novos ativos culturais criados pelos artistas que foram selecionados. Os ocupantes passaram por um rigoroso processo de análise via edital lançado pela Secretaria de Habitação e assinaram termos de cessão e permissão para o uso dos prédios.
O Villa Sanhauá foi concretizado respeitando todas as regras e legislação que regem os patrimônios históricos, passando pelo crivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep). A Prefeitura transformou os casarões em 17 unidades habitacionais e seis comerciais, além de um prédio destinado à Casa do Empreendedor de João Pessoa, oferecendo um novo polo de serviços.
Veja a parte interna das casas:
Outras casas visinhas da Vila Sanhuá também foram revitalizadas e transformadas em vilas.
Enquanto isso várias casas do tradicional bairro da Ribeira, em Natal, estão abandonas ou sofrem risco de demolir pela falta de manutenção, algumas foram interditadas pela Defesa Social.
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