Neste mês dois artistas potiguares lançaram álbuns. O primeiro que falaremos é de uma banda que surgiu no início do ano de 2010 e está no seu quarto álbum. A segunda é uma artista conhecida por performar como Drag Queen, que se arriscou como cantora. Estou falando de Talma & Gadelha e Potyguara Bardo.
Continuando a ideia de que os álbuns começam com a letra M, o grupo Talma & Gadelha colocou o quarto álbum, “Marfim”, nas principais plataformas de música.
“O marfim é um talismã da sorte, usado em amuletos e esculturas religiosas. A sua cor branca remete à pureza e à força moral, representa também longevidade, resistência, sabedoria e poder. De marfim são as presas do elefante antes de virarem artefato e o elefante é símbolo do Rio Grande do Norte pela semelhança da sua forma com o mapa do Estado”, alegou a banda ao escolher o título do disco.
O quarto álbum veio num momento em que a banda estava renascendo e se recriando quase 8 anos após o lançamento do seu primeiro disco.
Marfim é o resultado de muitas conversas em torno de uma mesa redonda com café, risadas e reflexões. Os temas, as ideias, os personagens e principalmente as emoções vieram do cotidiano de cada um da banda.
Se antes era preciso Matar o Amor, agora o amor evoluiu e se tornou Três. Se em discos anteriores a banda dizia com sutileza que Se Fosse Feio o amor de que adiantaria viver? Nesse, ela exige que Parem de Nos Matar. E a história de amor que antes era entre o Roqueiro e a Hippie, agora é entre o Vaqueiro e a Drag.
Banda residente do projeto Incubadora DoSol, onde tudo começou, o Talma e Gadelha preparou 9 canções gravadas no Estúdio DoSol.
A produção musical foi conjunta entre os 5 músicos – Simona Talma (voz), Luiz Gadelha (voz e guitarra), Thiago Andrade (guitarra), Ana Morena (Baixo) e Yves Fernandes (Bateria).
Além de Luiz e Simona, vários parceiros musicais foram convidados e dividem a autoria de algumas músicas: Luana Alves (Luaz), Luana Simplício (Uma Senhora Limonada), Filipe Marcus (Joseph Little Drop), Juão Nin (Andróide Sem Par), Eliza Cavalcante, Lucas Azevedo e Pipa Soares.
No primeiro semestre de 2018, a banda lançou uma lyric vídeo de “Trans”, seu primeiro single do disco. Agora, Marfim já está completo e disponível em todas as plataformas musicais.
No segundo semestre, o Talma e Gadelha já tem uma extensa agenda de lançamento do Marfim que inclui shows no Itaú Cultural (SP), Casa Natura (SP), Festival MADA (RN) e Festival DoSol (RN), já confirmados.
Além disso, outros artistas também lançaram o álbum, como a Potyguara é uma drag queen e performer, mas também está começando a engatinhar na música. Diferente da Kaya Conky, ela possui um som mais alternativo e bem distante do pop, migrando para o rock, eletrônico e rap.
Por falar em Conky, ela e a cantora Luísa Guedes, da banda Luísa e os Alquimistas, também participam do álbum.
O novo disco se chama Simulacre e já está sendo bastante aceito pela mídia alternativa pelo fato da drag fugir daquele padrão Rupaul’s Drag Race e imprimir uma identidade própria.
Segue aqui para ouvir o disco:
https://open.spotify.com/user/g.cardoso/playlist/2JZLGYW8dFAuPaUVTaOlG0
O grupo de reggar Soulrebel, que também está na incubadora, acabou de lançar o single “Faya de Paya”. Escute aí:
http://https://open.spotify.com/album/1BHZNKsEkjGO87ILFaRwYx
Fundada há 4 anos, nos corredores do IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte), Soul Rebel quer mostrar que o Nordeste tem bom reggae. A banda é formada por Ermeson Davi (voz e percussão), Tatiane Anolino (voz e guitarra), Erickson Davi (bateria e percussão), Matheus Fortunato (baixo) e sempre conta com participação de outros músicos natalenses em seus shows.
No ano de 2017, a Soul Rebel passou a produzir seu próprio evento, o Ciranda na Esquina, o qual em sua primeira edição já reuniu mais de 200 espectadores e contou com a participação de 18 jovens artistas da cidade, dentre eles fotógrafos, poetas, músicos, artistas circenses, etc.
Sobre o Projeto Incubadora, no qual Talma & Gadelha e Potyguara participaram
O projeto Incubadora tem coordenação e direção artística de Anderson Foca e produção executiva de Ana Morena.
O projeto engloba todas as etapas de produção e desenvolvimento criativo dos artistas escolhidos. Também é uma forma de compartilhar o que aprendemos nesses 20 anos que trabalhamos com música no RN.
Entre os produtores envolvidos no trabalho estão Simona Talma (Talma&Gadelha e Orquestra Greiosa), Gabriel Souto (Dusouto), Yves Fernandes (Camarones Orquestra Guitarrística) e Walter Nazário (Mahmed).
Todo o processo foi documentado em fotos e vídeos com o dia a dia das gravações. Os vídeos docs serão exibidos no canal do Dosol no youtube e nas mídias sociais do DoSol, como o da Potyguara, postado nesta matéria.
A Incubadora Dosol 2018 tem patrocínio da Oi, através da lei Câmara Cascudo e Governo do RN, com apoio cultural da Oi Futuro, realização DoSol.
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