Venha, Venha, Venha
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O amor é a melhor coisaBlur
O diretor Henrique Arruda sobe ao palco da lotada Casa da Ribeira, na noite deste sábado (13), para lançar o seu segundo filme, “Verde Limão”. Assim como “Ainda Não Lhe Fiz Uma Canção de Amor”, ele também segue na mesma temática: a LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). Diferentemente do Greg e Alessandro, que eram pessoas bem resolvidas com o relacionamento, “Verde Limão”, por sua vez, traz uma temática mais social.
“O filme retrata sobre a realidade de muitos gays, inclusive é a minha realidade”, disse o Henrique antes de apresentar a sua mais nova obra.
Mas, o que é ser um viado? No qual muitos gays utilizam esse termo jocoso (como bicha) ao seu favor (vide o documentário “Bichas“).
Peguei um trecho do Wikipédia em que diz que os cervos constituem uma família de animais artiodáctilos e ruminantes, à qual pertencem animais como a corça, o alce e o caribu.. Os cervídeos são herbívoros com alimentação específica devido à pouca especialização do seu estômago, que não digere vegetação fibrosa como erva. Assim, os cervídeos alimentam-se principalmente de rebentos, folhas, frutos e líquenes. Têm ainda elevados requerimentos nutricionais de minerais que lhes permitam crescer novas galhadas todos os anos.
Apesar de nunca terem sido domesticados com sucesso, os cervídeos tiveram grande importância histórica enquanto animal de caça e fonte de alimento.
No entanto, nas terras tupiniquins, o termo veado ou conhecido erroneamente por viado para pessoas homossexuais. Alguns dizem que é uma abreviação da palavra “Desviado”, aquele que resolveu caminhar por um outro caminho. Outros dizem que é uma forma de comparar os gays com a reprodução dos cervos.
Mal sabem os homofóbicos que os veados são um dos animais mais fortes do Reino Animal e são capazes de realizar várias atividades ao mesmo tempo. Ele sabe que pode representar velocidade, força e coragem, também tem ligação tanto na mitologia celta e na Bíblia.
Para falar da força do público LGBT, o filme “Verde Limão” mostra cinco gays de diferentes idades que tentam lutar contra os homofóbicos. Esses preconceituosos são os mesmos que fazem agressões verbais, físicas e até chegam a cometer assassinato pelo simples fato de “não gostar o que o outro seja”.
Em 20 minutos o filme traz o seguinte questionamento: Por que você quer impor a “sua crença” em outros? Ninguém é obrigado a seguir o que está estabelecido na caixa, ninguém sabe realmente o que você acredita realmente é o que aconteceu e por favor, pare de impor os outros.
Com uma fotografia belíssima e um enredo cheio de metáforas, ele o tempo todo confronta com imagens provocantes, porém necessária, o argumento de que apenas um relacionamento heteronormativo é o correto. Enquanto muitas pessoas escondem uma felicidade em nome de terceiros e quando finalmente se descobrem quem realmente eles são se tornam mais fortes de enfrentar todas as barreiras.
“Mas, Lara, as pessoas estão fazendo piada de hetéro e aceitando mais os gays”. Verdade, os gays adoram falar bastante o “Sai Hétero”. Primeiramente, é uma resistência contra a desigualdade em forma de piada. Uma “vingança” contra as piadas homofóbicas. Ou seja, não implica em igualdade.
Meu caro, a homofobia existe. As pessoas ainda precisam dizer o que eles são para os seus pais em pleno século XXI e segundo o Grupo Gay da Bahia, uma das importantes Organizações Não-Governamentais LGBT no Brasil, foram mortos mais de 300 pessoas por LGBTfobia. Ou seja, a média de mortes ligadas à homofobia passou de um assassinato por dia.
Verde Limão pode ser uma cor tão escandalosa quanto ser um LGBT, mas ele mostra que podemos brilhar e ser o que quiser. Por um mundo amar sem Temer!
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