A noite desta quinta-feira (19) marcará o fim do encerramento do festival Global Music Network, Glomus. Durante 10 dias foram realizados shows em vários cantos de Natal e oficinas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mais precisamente na Escola de Música. O evento recebeu várias pessoas de 25 países e essa é sua primeira edição na América do Sul.
O festival é organizado pela Glomus, uma rede internacional para o ensino superior em música global e artes relacionadas. Fundada por três academias nórdicas de ensino superior de música, a rede Glomus tem como objetivo desenvolver projetos colaborativos para aprimorar: Comunicação intercultural, promover conhecimento e interagir com diversos músicos dos diferentes cantos do mundo.
São várias instituições de ensinos dos quatro continentes que apoiam a iniciativa do projeto e estão tentando mostrar o melhor da música regional. Na noite desta terça-feira (17), o evento realizou uma jam session no quintal da Pinacoteca do Estado, no bairro de Cidade Alta. Lá, a gente pode ouvir um pouco do zambê potiguar, jazz africano, um pouco de música finlandesa e dentre outras coisas.
O clima era bastante animado e o som foi conduzido por integrantes da banda Glomus.
Nós também entrevistamos os estudantes estrangeiros que vieram ao Glomus. Eles falaram sobre a sua vinda à cidade, o que eles acham da música brasileira e o contato com a musicalidade de diversos países com o grupo. O estudante Felipe da Silva é brasileiro e faz parte da organização, está gostando de participar de um evento importante. “O contato com os músicos está muito legal, difícil de fazer amizade por conta da agenda, mas nesta quarta vou tocar com músicos vindos da Carolina do Sul”, vibrou.
Já o coreano Glory Ku adorou o som da música brasileira e conheceu a rede Glomus graças à universidade, que estuda piano e está adorando a sua viagem ao Brasil. “No Glomus eu tive a oportunidade de conhecer as músicas de diversos países, cada um tem as peculiaridades. Vim ao país a partir de um convite do grupo. O Brasil, por exemplo, é totalmente diferente do que já ouvi, o som está ligado com o clima daqui e a temperatura”, comentou.
Ku agradece ter entrado em contato com a Glomus e não sabe qual o país tem a melhor música, pois gosta de tudo que ouviu. “Aqui tive a oportunidade de conhecer os diversos sons, como da Coreia, da Alemanha, da Finlândia, África e dentre outros lugares.”.
O Erick Kihwlo chegou a tocar na jam session e veio da Tanzânia, na África. Em entrevista ao Brechando, ele elogiou o som do Brasil. “Vocês têm um som cheio de emoção e batidas, lembra um pouco da música que toca lá na Tanzânia. Além disso gosto da música brasileira por conta da sua intensidade e é muito boa de dançar. A vantagem desse festival é que a música ajuda a interagir todas as nações”, comentou.
Um pouco mais tímida que os outros dois, a chinesa Lijun Jiang prestava atenção de todos os detalhes dos lugares que estava pisando na Pinacoteca, sempre com uma câmera na mão. Porém, ela não esquecia da música e sempre parava para curtir o som. “Aqui é mais dançante, bem diferente da música chinesa. Mas, é isso que gosto da música, ela é minha paixão, o meu trabalho e me apresenta das mais diversas formas. Estou adorando a música brasileira”, contou.
O Glomus será encerrado nesta quinta-feira (19) com um Concerto de Encerramento apresentando Orquestra da Glomus, Coral da Glomus, além do Grupo de dança e teatro da Glomus. Será na Escola do Governo, no Centro Administrativo e a partir das 20 horas.
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