Os livros de história apontam que Pedro Álvares Cabral viu um monte e gritou “Terra à vista!”. Essa terra seria o Monte Pascoal, localizado hoje no estado de Salvador. Mas, os potiguares, questionam isso e dizem que o Brasil foi descoberto aqui mesmo no Rio Grande do Norte e que o monte seria nada mais que nada menos que o Pico do Cabugi e esta teoria é bastante estudada e defendida por alguns historiadores.
Os historiadores querem realizar uma série de seminários para apontar que o Brasil foi descoberto na Praia do Marco, município de Touros.
A ideia de levantar o debate em torno da história do Brasil partiu da Secretaria de Estado do Turismo do RN e da Empresa Potiguar de Promoção Turística do RN (Emprotur) e contará com a participação de importantes pesquisadores do assunto.
A professora Rosana Mazaro, do Departamento de Turismo da UFRN, tem dado o suporte teórico à empreitada. Ela é também velejadora e une conhecimentos científicos e práticos para embasar cinco evidências para provar que o Brasil começou pelo RN.
Um dos argumentos utilizados seria o Marco de Touros que foi instalado no município citado nesta postagem. O que é isso? É um monumento instalado em 1501 pelo Reino de Portugal no litoral do Rio Grande do Norte. O objeto tinha a finalidade de atestar a metrópole como descobridora e detentora daquela terra que mais tarde se chamaria Brasil.
Naquela época, a França e Espanha estavam já devastando aquelas regiões e uma das formas de “afastá-los” era instalando monumentos como esse para marcar o território. Existem vários marcos parecidos instalados em vários cantos do país.
É considerado o monumento colonial mais antigo do Brasil e um dos primeiros registros portugueses no país, fazendo parte do Patrimônio Histórico Nacional. Na foto acima mostra a réplica do Marco de Touros, no qual o original está na Fortaleza dos Reis Magos.
Quais são as outras evidências apontadas? A historiadora em entrevista à Assessoria do Governo do Rio Grande do Norte (Assecom) enumerou algumas delas:
- As correntes marítimas que direcionariam as caravelas naturalmente no RN e não na Bahia.
- Pescadores nativos até hoje tomam o Pico como referência para voltar à terra. Enquanto o Monte Pascal, na Bahia, sequer é um “monte”, mas uma torre, cortada e sem “pico”.
- A terceira seria a presença de “aguada” no litoral, conforme consta na carta do descobrimento, escrita por Pedro Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. Aguada seria água doce, presente nas proximidades do Marco de Touros e inexistente em Porto Seguro, na Bahia.
Os historiadores ainda apontam que os portugueses alegaram que navegaram duas mil léguas ao Sul do país para fincar o segundo marco. Essa distância corresponde exatamente o percurso do Estado potiguar a São Paulo. Caso partisse da Bahia, o segundo marco estaria fincado na Argentina.
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