*O Brechando resolveu republicar esta matéria, pois finalmente entrevistamos a Carolina antes dela viajar para os Estados Unidos \o/. Confira a entrevista a seguir!
O nome dessa garota da foto acima é Carolina Beghelli, aluna de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ela estagiará durante três meses nos Estados Unidos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, composta por sete juristas eleitos por mérito e títulos pessoais, e não como representantes de nenhum governo, mas representam aos países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA). Massa, não é?
É um órgão independente da OEA, criado para promover a observância e defesa dos Direitos Humanos, além de servir como instância consultiva da Organização nesta matéria. Ela foi a única mulher a ser aprovada como estagiária na CIDH. Além dela, apenas três brasileiros foram selecionados para a experiência, no qual o resultado foi divulgado há duas semanas e “as coisas viraram de pernas para o ar”. No bom sentido, claro.
A jovem se inscreveu no site da seleção sem nenhuma expectativa, falando que uma pessoa vinda do Nordeste seria uma oportunidade de trabalhar em um dos maiores órgãos sobre essa especialidade.
“Inicialmente, eu estava procurando editais e revistas nacionais e internacionais especializados em Direito Internacional para publicar artigos acadêmicos, até me deparar com o site falando sobre a seleção do estágio, que acontece três vezes ao ano e arrisquei. Eles pediram uma carta de recomendação dos professores, uma motivacional escrita por mim e currículo. Então, eu falei: ‘Não custa nada a tentar’”.
Assim que mandou o trabalho no site da OEA, o órgão respondeu que iria responder caso a Caroline fosse selecionada. “Achava que não iria, pois demorou um mês para que a organização respondesse. Mas, eu fui selecionada e descobri no primeiro dia de aula do primeiro semestre”.
Os seus trabalhos no órgão no dia 8 de setembro. Mas, ela busca agora apoio para conseguir manter-se fora do país durante o período de três meses. O programa de estágio não apresenta nenhum tipo de remuneração, sendo inteiramente de sua responsabilidade o custeio do transporte, alimentação e moradia.
Entretanto, ela está enfrentando dificuldades para ser contemplada com os editais de ajuda de custo da UFRN, mas conseguiu a ajuda da instituição de ensino. Além disso, ela teve que vender o carro para comprar as passagens e busca qualquer auxílio financeiro.
Um release foi enviado à imprensa para ajudar a jovem estudante de Direito, no qual foi assim que o Brechando descobriu a história de Begheli. Então, várias pessoas tiveram conhecimento da situação e prontamente resolveram ajudar a estudante a conquistar os seus sonhos de trabalhar com o direito internacional.
“Foi uma correria, até questionei se iria viajar para os Estados Unidos. Mas, no final, está dando tudo certo. Só tenho que agradecer as pessoas que me ajudaram publicando este material “, comentou.
Lá na Comissão, ela terá chance de aprender com o curso de formação oferecido diretamente pela Organização dos Estados Americanos para poder entender as funções e o papel da instituição.
Sem contar que ela trabalhará com casos concretos de Direito Internacional dos Direitos Humanos em pareceres jurídicos aos 34 países membros da Organização. “Eu vou trabalhar na Secretaria Executiva da Comissão Interamericana, o que eles fazem é dar o andamento dos processos que são recebidos. Eles analisam as petições das pessoas e marcam audiências”, comentou.
Sobre os colegas que participarão do estágio junto com ela, Caroline respondeu que já teve contato com os colegas “Eu conheci um deles no curso de inverno sobre Direito Internacional em Belo Horizonte e, por coincidência, descobrimos que tinha inscrito na seleção e passou. O outro foi através de amigos em comuns deste curso e ele é de João Pessoa”, comentou.
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