Os dromedários são mamíferos que vivem parte da África e Ásia e lembra muito os camelos. Encontra-se praticamente extinto na natureza. A maior parte da população existente no Médio Oriente vive domesticado. O único local do mundo onde ainda restam populações selvagens é nas zonas áridas da Austrália, que tem condições de clima e paisagem relativamente semelhantes.
Aqueles que foram domesticados são utilizados como meio de transporte à semelhança do cavalo. Na Arábia Saudita e no norte da África, os dromedários são montados com a rahla, uma sela especial adaptada às características do dorso do animal.
Esses animais podem ser encontrados no Rio Grande do Norte, mais precisamente nas dunas da praia de Genipabu, quando um grupo de empresários instalou uma empresa para que os turistas passeassem montados sobre os ruminantes. Atualmente, existem 17 desses animais na região. Eles foram trazidos pelo francês Philippe Landrye e sua esposa Cleide Batista.
Durante quase todo esse tempo, porém, organizações e pessoas ligadas à defesa dos direitos dos animais lutam para que eles sejam devolvidos ao seu habitat natural.
Desde o ano de 2012, um grupo de ativistas em defesa aos animais querem que os animais sejam devolvidos ao habitat natural, no qual eles pretendem coletar 75 mil assinaturas e o documento seja entregue ao Governo do Estado e Prefeitura do Natal. Atualmente, 57.282 pessoas já assinaram o abaixo assinado. Além de Brasileiros, europeus também colocaram as suas assinaturas.
O abaixo-assinado foi criado por Fábio Chaves, morador de São Paulo, vegano, jornalista e tem um site em defesa aos animais, que realizou uma matéria dizendo o porquê os animais são maltratados no site Vista-se.
Os críticos comentam que atualmente existe um estábulo com 19 desses bichos, não oferece as mesmas condições climáticas do deserto do Saara, onde os dromedários são encontrados na natureza. Por essa razão, a adaptação dos animais por aqui seria bem mais complicada. Outra alegação é a de que os bichos são explorados e sofrem maus tratos ao terem que carregar turistas o dia inteiro.
“Os dromedários passam quase 12 horas por dia (das 7h30 até o pôr do sol) carregando turistas que vibram pelo passeio peculiar, sem notar exatamente no que estão colocando seu dinheiro. Quando não estão com turistas nas costas, os animais se espalham na areia quente para descansar. O tempo inteiro, eles ficam com uma espécie de tela no focinho e fazem um constante ruído que dá a entender que o acessório que evita que eles mordam os passageiros ou comam coisas do chão não é cômodo”, comentou o documento.
No ano de 2011, os empresários foram parar na justiça, que a acusa de manter o estábulo dos animais em área de proteção ambiental. Entretanto, o casal afirma que foram um dos defensores da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Federal, que além da exploração dos dromedários em Genipabu, também investigou casos em outras regiões do país em dezembro passado. Vale lembrar que o dono do abaixo-assinado também foi convidado para participar da plenária.
Os proprietários postaram na página da empresa sobre o assunto:
Além disso, eles divulgam nas redes sociais sobre os projetos voltados para o turismo sustentável e detalhes dos cuidados com os animais. Conforme estas postagens a seguir:
Os passeios pelas dunas de Genipabú duram em média 15 minutos e é uma das atrações do litoral norte. O valor pode custar 60 reais.
OBS: Tentamso falar com Fábio e os empresários que organizam os passeios e nenhum nos responderam.
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