O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. No âmbito empresarial, em 2014, 56,5% do pessoal ocupado assalariado eram homens e 43,5%, mulheres. A participação feminina cresceu 1,6% em relação a 2009, quando era de 41,9%. São quase 21 milhões de mulheres dentro do mercado de trabalho. Porém, a diferença salarial ainda é grande.
No ano de 2014, os homens receberam, em média R$ 2.521,07, enquanto as mulheres, R$ 2.016,63. Quer dizer, as mulheres ainda não ganham o mesmo que os homens, ganham apenas 80% dos salários deles. E isto pode variar de uma região para outra.
Entretanto, houve o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. Sob a ótica da natureza jurídica, a administração pública e as entidades sem fins lucrativos apresentaram maior participação feminina no pessoal ocupado assalariado. Em contrapartida, nas entidades empresariais, predominava o pessoal ocupado assalariado masculino em todo o período considerado.
As remunerações médias mensais cresceram 1,8%. Sendo que os salários das mulheres aumentaram 2,3% e dos homens, 1,7%, em comparação com 2013. A pesquisa mostrou ainda que, em relação a 2013, o pessoal ocupado assalariado cresceu 0,8%. No entanto, houve recuo no número de homens de 0,1% e um crescimento de 2% no número de mulheres.
Nas entidades sem fins lucrativos, a diferença entre a participação feminina e a masculina passou de 5,6 pontos percentuais, em 2009, para 11,2 pontos percentuais, em 2014, ampliando em 5,6 pontos percentuais a diferença entre ambas.
Com relação às entidades empresariais, embora o pessoal ocupado assalariado masculino tenha sobressaído em todo o período considerado, essa diferença tem diminuído com o passar dos anos – em 2009, a participação masculina era 29,0 pontos percentuais superior à participação feminina; e, em 2014, passou a ser 23,4 pontos percentuais.
Na administração pública, no período de 2009 a 2014, a participação do pessoal ocupado assalariado feminino apresentou queda, passando de 58,3% para 58,2%.
A participação do pessoal ocupado assalariado masculino era maior nas empresas e outras organizações na faixa de 50 a 249 pessoas em 2009. Por isso, 64,5% dos assalariados nessa faixa eram homens, enquanto 35,5 % eram mulheres (uma diferença de 29,0 pontos percentuais); em 2014, essa diferença passou a ser de 25,0 pontos percentuais.
Por escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com nível superior cresceu 6,9%, enquanto o pessoal sem nível superior recuou 0,6%. Consequentemente, a participação relativa do pessoal ocupado assalariado com nível superior aumentou 1,1 ponto percentual, passando de 18,5%, em 2013, para 19,6%, em 2014.
Nos últimos cinco anos, a participação relativa dos assalariados do sexo feminino, assim como daqueles com nível superior, tem sido crescente, quando se analisa a variação de pessoal ocupado assalariado. Quando se discute a participação do homem e da mulher no Rio Grande do Norte, todavia, a média percentual de contribuição das mulheres no rendimento familiar é de 44,8%.
Mas, como é a distribuição salarial no Rio Grande do Norte? Bem, os dados são bastantes similares com outras regiões do pais, apesar da última pesquisa especificamente foi feita. No Rio Grande do Norte, 694.909 mil pessoas estão dentro do mercado de trabalho em uma população de 3.442.175. Isto que dizer que a taxa de pessoas ativas no estado é de 40,9%, sendo que 525.408 possuem um emprego fixo.
O rendimento médio das mulheres das potiguares era de 938,10 reais por mês no ano de 2010. Uma boa notícia é que 71% das mulheres pesquisadas no ano de 2010 estavam no mercado de trabalho. Porém, a diferença salarial entre os homens era de 69,4%. Dessas mulheres, 68,2% eram jovens de 16 a 29 anos que estão dentro do mercado de trabalho.
Vale lembrar que os dados sobre a participação da mulher potiguar no IBGE são de 2010, logo esses números estão desatualizados.
De acordo com a análise, os menores salários mensais foram pagos por alojamento e alimentação, R$ 1.133,10, atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.409,43) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, R$ 1.498,91. Juntas, estas atividades absorveram 32,6% do pessoal ocupado assalariado. A pesquisa mostrou que, em 2014, o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, pelo quinto ano seguido, foi a atividade que concentrou o maior número de pessoas ocupadas com salários, 9,3 milhões, ou 19,3%.
A atividade também se destacou com a maior participação no número de empresas e outras organizações, informou o IBGE. Foram 2 milhões de empresas ou 40,1% do total; e no total do pessoal ocupado, 21,9% ou 12,1 milhões.
Em salários, no entanto, foi a administração pública, defesa e seguridade social que apresentou a maior participação com R$ 338,2 milhões ou 23%. O setor também mostrou a maior proporção de assalariados com nível superior, 43,9%. Contudo, o IBGE ressaltou que as pessoas sem nível superior predominaram em todas as categorias, com 87,9% empresas e 71,2% nas entidades sem fins lucrativos.
E em Natal?
De acordo com o IBGE, em Natal, são 316 mil pessoas trabalhando. Quer dizer que, 39% dos natalenses estão ativos no mercado. O salário médio mensal é, em média, de três salários mínimos. Atualmente, a capital do Rio Grande do Norte tem mais de 21 mil empresas ativas. Enquanto isso, Guamaré, conhecida pela extração de Petróleo, possui uma média de salário de cinco salários.
Como a informação está um pouco defasada. O Brechando realizará uma pesquisa com os usuários para responder sobre a situação de trabalho dos natalenses. Para participar da pesquisa, preencha o formulário a seguir:
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