Foto: Lara Paiva
Saindo de manhã cedo nesta sexta-feira (17), eu vi uma bandeira do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) exposta sobre a passarela da Avenida Senador Salgado Filho, que liga os dois principais shoppings da cidade e possui bastante movimentação de carros, ônibus e pedestres. Depois, eu tirei esta foto acima. Mas, quem foi que instalou essa bandeira? Qual foi o motivo? Quando cheguei em casa corri para pesquisar sobre o assunto.
A bandeira foi uma forma de que os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resolveram homenagear as vítimas do atentado que aconteceu na cidade americana de Orlando, no estado da Flórida. Estão feridas mais de 50 pessoas e 49 foram mortas por um americano chamado Omar Mateen, dessedentes de afegãos.
Mateen, no dia 12 de junho, invadiu uma boate voltada para o público LGBT e assassinou as pessoas que estavam presentes.
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A bandeira foi montada a partir de tecidos coloridos e colocada na passarela na quinta-feira (16). Esses estudantes fazem parte do Levante Popular da Juventude, um dos famosos grupos políticos existentes dentro das universidades (Não existe apenas a União Nacional dos Estudantes). O levante foi fundado em 2006 e existe em várias cidades brasileiras, que também realizaram uma homenagem às vítimas de Orlando.
Uma bandeira similar também foi instalada numa passarela em Maceió. A bandeira foi montada nos corredores da UFRN e feita apenas de cola quente.
Além disso, a Rua João Pessoa, no bairro de Cidade Alta, nesta tarde, também homenageará as vítimas do massacre a partir de um homenagem feita por outros grupos políticos e daqueles que lutam em prol aos direitos do LGBT. A intenção dessas homenagens é mostrar que a violência não acontece só nos Estados Unidos, mas também nas cidades brasileiras. Vale lembrar que o Brasil é um dos países que mais matam gays no mundo.
O massacre de Orlando tem gerado, um por todo o mundo, reações de apoio à comunidade LGBT e às famílias das vítimas. A imprensa americana aponta que este foi o pior atentado desde o 11 de setembro de 2001. Neste fim de semana, outras cidades brasileiras e do mundo farão homenagem às vítimas, cuja tragédia completa uma semana neste domingo (19).
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