A pergunta que mais fazia, quando saí do Centro Histórico, neste domingo (7) era: Por que nunca fui antes ao bloco das Kengas? Sempre ouvia falar, mas nunca tive a oportunidade de dar uma passadinha e ver aquelas garotas conhecidas pela ousadia e deboche.
Aquele domingo todo mundo queria ser kenga por um dia. O que mais via era homens de vestidos e perucas. Já as mulheres, por sua vez, ousaram em fantasias mais coloridas e extravagantes.
Os ambulantes também se arriscaram e chegaram a vender dindin (sacolé para quem mora em outros estados brasileiros) de caipirinha vestindo trajes femininos.
Antes do desfile, houve um show no qual cantou as músicas de carnaval e também aquelas comuns em bailes, fazendo com que as pessoas acabassem de dançar.
Eram 17 horas quando as apresentadoras Jarita e Divina Shakira subiram ao palco (observação do blog: o prefeito Carlos Eduardo quase não conseguiu pronunciar o nome da Shakira durante em suas milhares de aparições no carnaval da cidade ).
Quando elas foram anunciadas, elas chegaram fazendo uma apresentação maravilhosa:
Como funciona o bloco? São drag queens que desfilam com as suas fantasias sobre um palco montado no meio da rua. A melhor quem desfilasse seria considerada a “Kenga” do carnaval e o tema deste ano estava relacionado com a Olimpíada, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro.
A criatividade era algo muito forte nestas garotas, me senti assistindo ao vivo o programa Ru Paul’s Drag Race. Era um dos poucos momentos que elas podiam mostrar a sua arte para uma grande parte da população sem que fosse insultadas, agredidas ou algo do tipo.
Ao som de Donna Summer, umas arriscaram em fazer acrobacias, algumas jogaram brilho na plateia e outras usaram a simpatia para agradar o público. Quanto mais elas eram criativas, maiores eram os aplausos arrancavam da plateias. Algumas arrasaram nas fantasias e outras conseguiram mostrar que sabem fazer o público ficar animado com o desfile, chegando arrancar a risada de milhares de pessoas que estavam lotando as duas praças do Centro Histórico (Sete de Setembro e André de Albuquerque).
Alguns mais ousados chegaram a ver de camarote nas sacadas do prédio da Pinacoteca do Estado, que ficava próximo ao palco do desfile.
Assim como no bloco dos Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens, os foliões das quengas eram compostos por idosos, criança, adultos e adolescentes. Além disso, havia gente da Redinha até Ponta Negra que migrou para o bairro de Cidade Alta e querer observar uma das coisas mais criativas do carnaval da cidade e tem mais de 30 anos de tradição.
Depois de uma hora de desfile, os jurados tinham que decidir qual era a kenga de 2016. Forma mais de 40 candidatas. A decisão foi rápida e a vencedora foi “Desportista de A a Z”. Vestindo um macacão prateado e segurando uma prancha com o símbolo Olímpico, ela recebeu a faixa e um cheque no valor de um salário mínimo.
Após o desfile, as candidatas começaram a andar pelas ruas e várias pessoas faziam filas para tirar fotos com as garotas, que tiveram um belo dia para serem reconhecidas como merecem. Por fim, as pessoas terminaram o desfile com o show de Baby do Brasil.
Confira outras fotos a seguir:
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